arigato Linderman!
Grande CG!!!! espectacular!
Cá vai um trabalho de português
"O Poeta que é Génio mas não é ninguém…"
Sobre meu cavalo negro, dirijo-me aos portais
Cavalgando sobre o mais profundo céu dos demais
Uma silenciosa tempestade preenche meu coração
E dentro da minha alma permanece uma questão…
Uma doce brisa de liberdade, refresca o meu rosto
Na minha mente formam¬-se imagens de quem gosto
A minha turma, os meus amigos e todo o meu familiar
E pensar que tudo aquilo de um segundo pode acabar.
Poder perdê-los é o meu maior receio
Tudo o que quero é com eles, a vida aproveitar
Pergunto-me “ De onde esta ideia veio?”
O sentimento é verdadeiro, mas dele recuso falar.
Debaixo deste céu, consigo ver um rio sem fim
Uma voz dentro do meu ser, parece me chamar
Um fogo ardente de alegria e ansiedade nasce em mim
Deixo esta voz incógnita, guiar o meu cavalgar.
Paro o meu cavalo e fico a olhar o estranho lugar
Sobre mim a luz do sol nascente está-me a iluminar
Sobre uma nuvem, está alguém numa mesa a escrever
Sentado numa cadeira e ao seu lado um copo cheio ainda por beber.
Desmonto e caminho na sua direcção
Naquele lugar existe uma sensação de paz tão boa
Notando a minha presença, o escritor vira-se então
Para meu espanto, perante mim está Fernando Pessoa.
Ele pergunta “ Porque te encontras aqui?”
“Não sei!” Sinceramente respondi
Ele cumprimenta-me e pergunta risonho
“Não estarás tu aqui, Entre o Sono e o Sonho?”.
“Não, para cada um de nós, ele tem um significado
Cada poema que escrevemos, tem a nossa personalidade”.
Ele responde-me pois eu não estava errado,
“ A tua maneira de pensar corresponde à verdade”.
Pessoa encaminha-se para a cadeira
“Vai terminar a sua obra aqui?” pergunto com ansiedade
Ele solta uma gargalhada de alegria verdadeira
“Nunca a conseguirei acabar nem mesmo aqui na eternidade”.
Olhando para mim disse algo que acabou com as interrogações
“ Uma coisa simples suscita dez mil pensamentos”
É incrível como ele consegue exprimir os seus sentimentos
E completo “ e destes dez mil pensamentos brotam dez mil inter-associações”.
Ele pega no copo e despeja-o de uma vez
Ele pergunta “Quando me vens visitar outra vez?”
“Quando o rio que é a minha vida tiver um fim.”
Ele responde “Muito bem, fica combinado assim”.
Digo-lhe “Irei escrever um poema sobre este momento”
Ele responde “Isso será tão bom como sentir no rosto, o vento”
Despeço-me dele com grande alegria
“ Um dia, quando estiver preparado havemos de discutir poesia!”
Ele ajeita os óculos, sorri e acena
“ Não te esqueças de papel e pena!”
Afasto-me e para trás deixo um poeta, um génio e um amigo
“ Um dia, acabarei por vir aqui escrever consigo!”.
Uma luz cega-me e abro os olhos
É dia, o Sol começa a nascer
“ Tenho de viver esta vida antes de a perder”
Mas, afinal não passou tudo de um monte de sonhos.
Levo a mão ao rosto cansado
Dentro dela está um papel amachucado
Pego-lhe e depois de o alisar a lê-lo me ponho
É um poema com o título “ Entre o Sono e o Sonho”.
Vou até à varanda e pego num caderno
E com um dia resplandecente a nascer
Começo então, calmamente a escrever
Um poema sobre um sentimento eterno.
Pois um poeta é como um rio
Pode secar e não ter glória ou fama
Mas tem de viver a sério
Ou então resta-lhe apenas sonhar quando volta para a cama.
Um poeta não precisa de ser um importante alguém,
Para ele basta sonhar, sentir e amar
À que nascer e viver selvagem
Até quando o nosso rio finalmente no mar desaguar.
Um abraço!