textos variados e contos sem interesse nenhum

Lifebringer escreveu:

Ok, gostei deste particularmente. O início parecia-me assim "um pouco cliché" a princípio, mas depois o final mudou completamente de uma maneira brutal, e que tornou a coisa genial a meu ver. Simples, mas deu um efeito fixe, principalmente porque a parte mais brutal e a "verdadeira essência da coisa" aparece assim de surpresa, e dá outro efeito.

ehehe basieei-me nas musicas sobre o vento da akikoxDXD

O Poeta

Ele entra na sala. Sim, na sala iluminada por dezenas de velas, com as suas chamas ondulantes a queimarem fervorosamente a cera. Ele, vestindo uma simples roupa negra senta-se numa cadeira de madeira revestida com uma espécie de tecido vermelho. À sua frente está uma secretária com leões e rosas esculpidos nela, e em cima uma folha vazia, à espera pacientemente que ele a possua e a transforme em algo único. Ao seu lado está um frasco de tinta negra e uma pena branca.

Os quadros que decoram a sala olham para ele, estáticos. Apenas as sombras provocadas pelas velas e o pêndulo do relógio se movem. O olhar dele muda ao pegar na pena. Ouve-se o tic tac que o pêndulo ao abanar provoca. PUM... PUM... PUM... O relógio dá as badaladas e ele molha a pena na tinta negra. Escreve sem cessar, como se estivesse possuído por uma força de vontade incontrolável. Como se tivesse que fazer aquilo mesmo que não quisesse, como se a sua vida dependesse da escrita. Ele começa a falar alto, a rir freneticamente, como algum psicopata. O que será que o moverá daquela maneira? Molha novamente a pena na tinta e rasga o papel com palavras. O pêndulo fica silencioso graças ao som do papel. Mesmo assim move-se sem nunca parar. Mas não tão rápido quanto ele escreve.

Os seus olhos brilham, a boca torna-se seca de tanto ele murmurar, a mão esquerda move-se a uma velocidade inumana. Ele treme, treme de tanta excitação, tal é aquela força. Finalmente ele pára. Ouve-se um enorme suspiro e ele contempla a sua obra. Lê e relê rapidamente, mais rápido do que o pêndulo a dar 2 voltas completas. E pára. Respira fundo e suspira novamente... Pega no papel e rasga-o, faz-lo em pedaços. Pedaços de pedaços... Ele o rasga como se quissesse que aquilo desaparecesse completamente do mundo. Raivoso rasga e desfaz. Levanta-se precepitadamente e sai da sala, batendo a porta com um grande estoiro, deixando lá o papel rasgado.

O papel que continha as palavras:

O mundo mente
Tenho medo.
Ele mente.
Tenho muito medo.

Como o pêndulo sem cessar
O tempo gosta de avançar.
Como uma flor que murcha.
Eu também morro.

Gritos irrequieto
Invadem mentes.
Dementes dementes
São aqueles que vivem mortos.

Mundo vê!
Aeon morrerá!
Assim como o pêndulo irá parar
quando aquele sonho se realizar.

ui bastou eu andar despercebido a este topico para quando volto fico abismado XD

Sosai, men tu rulas pa caraças XD

k escrita... que espirito... k ... hum... arrisco revelação xD

men keep going X 200

ja tinhas textos altamente e este nao fica mesmo atras

é um prazer para o meu olhar ler os teus textos XD

Simplesmente apeteceu-me escrever algo e la deixei as palavras fluiremxD

Vestida como um anjo

Sobre este mundo actual, uma história irei-vos contar. Esta história a vós poderá agradar, ou detestar, pois é uma história sem finalidade alguma. Não é uma história sobre paixão, sexo. Não é uma história sobre guerra, sobre lutas. É uma história simplesmente. Aqui está ela relatada:

Concentremos a vista nesta rapariga. Uma rapariga de cabelo comprido, escuro. Uma rapariga de olhos verdes com leves tons castanhos. Uma rapariga como tantas outras, mas porém especial. O cenário é a noite, o cenário são os bares e as discotecas de uma qualquer grande cidade. O cenário é as centenas de pessoas nas ruas.
Concentremos a vista neste rapaz. Um rapaz como tantos outros da sua idade. Com a barba por fazer, cabelo despenteado, mostrando um lado descuidado com a sua aparência. Veste uma t-shirt simples com uns jeans e sapatilhas. Estamos no Verão.

Aí vai ela, caminhando deslumbrantemente sobre a calçada, atraindo alguns olhares. Dirige-se a um bar, onde encontra alguns amigos na esplanada. Nessa esplanada está o rapaz sentado. Aproxima-se dele e dá-lhe um beijo na sua boca. Ao que ele retribui com um doce olhar. Ela senta-se ao seu lado, e entrelaçam os seus dedos. Com eles estão mais dois casais.

Ficam algum tempo a conversar naquela esplanada apinhada de tanto grupo semelhante ao seu. Levantam-se, dirigem-se para o metro destinados a irem à discoteca habitual. Na estação encontram-se um velho sem-abrigo. Com casacos, umas calças rasgadas e um boné com aspecto de ser mais velho que os nossos protagonistas, ele está vestido. Aproxima-se da rapariga estendendo a mão. Mas ao contrário do que se espera, não estava a pedir, mas sim a oferecer. A oferecer um botão. Ele insiste em oferecer o botão e reluctantemente a rapariga tira-o da sua mão. Entram no metro, deixando o sem-abrigo para trás.

Chegam à discoteca, o segurança pergunta-lhes a idade e deixa-os entrar. Luzes psicadélicas por todo o lado, raparigas semi-nuas a dançarem em algo parecido com uma jaula. Gente vestida de forma estravagante a dançar ao som de música electrónica alternativa. Começam-se a ambientar, e quando se apercebem estão a dançar como se estivessem em trance. Ela abana-se de um lado para o outro, com as mãos nas nucas. O rapaz observa-a como se tivesse hipnotizado enquanto pula. O mundo parece girar sobre eles, a noite está pesada, está leve, está em extâse. As suas temperaturas aumentam. Pequenas lágrimas de suor são emanadas dos seus corpos, juntando-se à temperatura daquele espaço. Fumo. Fumo espalha-se pelo sítio, tornando o ambiente misterioso, encobrindo o chão coberto de pequenos copos de plástico e bebida espalhada. O mundo real desapareceu. Eles não acreditam na Lua. Não acreditam em estrelas, não acreditam em pessoas, não acreditam. Tudo são memórias passadas. Acreditam somente no momento, no que ali está. Ouvem vozes, as vozes da música. Seguem o seu ritmo, a sua fragância, a sua vontade, o seu desejo. Procurando satisfazer-se, mas nunca satisfeitos. A música é o seu espirito, a sua alma, o seu corpo. Fecham os olhos, mergulham nas suas mentes. Juntamente ouvem o seu redor. Mas o redor é todo música e música e música e música. Eles dançam e dançam sem parar. Não controlam os corpos. Seguem os seus instintos. Sentem-se vivos e mortos. Mas nunca se sentiram tão vivos.

Sete da manhã. É um novo dia. Altura da discoteca fechar. De rastos são expulsos da discoteca. Sem força alguma se dirigem para o metro, agora apinhado de gente sonolenta que trabalha. Sentam-se numa das cadeiras pretas, riscadas por desconhecidos vandâlos. Ele encosta a cabeça ao ombro dela e diz: "Vestida como um anjo", fechando em seguida os olhos.

espectacular mesmo!

men de facto não consigo arranjar muitas palavras para o descrever mas está mesmo do outro mundo

keep going!

ta muito bom o vestida como um anjo, uma descriçao que acompanha toda a acçao, mostrando o ponto d vista dos personagens q mostras t ^^

o da lua e a cobra e mesmo digno d um conto infantil, e tem uma filosofia engraçada por tras xD

o do vento ta muito bom, conseguiste captar a minha atençao, e gostei d como humanizas o vento, por assim dizer xDD

edit

ja li todos e tenho a acrescentar q os meus preferidos sao a viagem e o homem mais azarado do mundo por esta ordem, quero a continuaçao do primeiro xDD

Detesto a chuva. Simplesmente odeio-a. A sensação sufocante que ela me dá. OOOh, detesto. As gotas a cairem em mim, como se lágrimas se tratassem. Um choro gigantesco. Para mim, a chuva é uma personificação do sentimento da tristeza. OOOh, detesto. E se ficar em casa? No meu quarto? Continuo a detestá-la. O raio da chuva torna-me preguiçoso para sair e me divertir. Faz-me ficar nostálgico e olhar para o passado. Odeio tanto!
Mas o que interessa é o futuro, não o passado! E é por isso que amo os primeiros raios de sol depois de uma grande chuvada. Amo-os. E então se vier um arco-iris com eles, ainda amarei mais. Pois representam a esperança. A esperança de ser livre. Dão-nnos uma sensação quente e confortável. São a personificação da felicidade.