Aqueles a quem a mente o serviam

ONE

São cinco horas da manhã quando um homem idoso, de curtas barbichas grisalhas, pele branca e enrugada, olhos esverdeados e trajando um quimono vermelho se levanta ao primeiro cantarolar do galo.

Ele está em uma pequena cabana, em volto a um pequeno riacho e a uma floresta.

A temperatura estava amena e no horizonte o sol já exalava seus primeiros raios.

Este homem olha para o céu e inclina seu corpo de modo a fazer referência à manhã que se iniciava; depois retorna à cabana e segue em direção a um dos quartos, onde um adolescente, de mais ou menos quatorze para quinze anos dormia.

- Paulo, levante-se! Hoje é o último dia do primeiro passo de seu treinamento.

O adolescente murmura algumas palavras e se mexe um pouco. O homem idoso observa por alguns instantes, depois olha para a cama como se a estivesse encarando “olho no olho” e esta é jogada pelo vento contra a parede.

“Já acordei”, indaga o adolescente, levantando-se às pressas.

- Mestre, já está terminado a primeira parte do meu treinamento? – Perguntou Paulo, sentado em uma pequena mesa de madeira onde havia pão, manteiga, uma faca, uma jarra, dois copos e o homem idoso, sentado a sua frente.

- Sim... Disse-te isto ontem e, pelo o que percebi, não estava prestando muito atenção.

- Ah! É que ontem fiquei muito feliz por, finalmente, conseguir manipular o fogo.

- São muitas coisas mais que tens que manipular; a natureza não faz parte dela. O que te ensinei foi colocar o seu pensamento em harmonia com todos os elementos. O restante virá pouco a pouco.

- Será que um dia vou aprender a ler mentes?

- Às vezes penso que você aprendeu tudo olhando e, nada do que eu te disse você compreendera. A mente é o local mais privado de uma pessoa. O dia em que conseguir ouvir os pensamentos que não são os seus, é porque conseguistes quebrar uma barreira de cem anos de treinamento.

O jovem se entristece ao ouvir aquilo, porém, continua a comer.

TWO

São doze horas quando mestre e discípulo se encontravam em frente a um enorme prédio, pintado de azul e branco e com uma enorme fachada com a inscrição: “Escola Dom Pedro I”.

- Por que não posso ir estudar no Japão? – Questiona Paulo, analisando o prédio.

- Em qual idioma estamos a falar? Ou melhor: ensinei-te a falar japonês ou a usar tua mente a teu favor? – Responde o homem idoso, já entrando pelo portão principal.

Após ter sido feita a inscrição de Paulo naquela escola, ele e seu mestre seguem a uma pensão, não muito longe.

- Eu irei ficar aqui?! – Espanta-se Paulo.

A entrada principal da pensão era apenas uma porta com uma placa em cima com a inscrição: “Pensão Ayumi”, em um enorme prédio com inúmeras lojas. O homem idoso simplesmente fizera como se não tivesse escutado a voz do adolescente, o ignorando e indo em direção ao recepcionista – uma adolescente asiática com leves traços à brasileira.

- Akemi, quanto tempo! Vejo que já se tornará quase uma mulher. – Indaga o homem idoso, deixando a garota surpresa.

- Yamato! Que boa surpresa! – Exclama uma voz ao fundo, assustando tanto a Paulo quanto a recepcionista.

- Daisuke! Vejo que sua filha crescerá e muito.

- Oras, e como!

Daisuke também era um homem idoso, porém, de rosto mais jovial e vibrante. Asiático puro, seus olhos quase fechavam quando ele sorria. Sua pele era menos enrugada que a de Yamato.

Os dois amigos colocaram-se a conversar deixando Akemi e Paulo se olhando.

- Ei, garoto! O que você quer? – Questiona a recepcionista.

- Eu estou com o “velho”.

- Então porque está parado com essa cara de tacho ai?

- Cara de tacho? Quem você pensa que é?

- Sou filha de...

Os dois já estavam ao ponto de se atacarem quando pai e mestre interferem.

O quarteto vai então à cozinha, onde se sentam em
uma pequena mesa.

- Akemi, sirva-nos um chá. – Pede Yamato.

A garota se levanta e vai ao armário onde retira três taças de chá. Ao ver aquilo, Paulo indaga: “eu não irei beber”; imediatamente ela recoloca uma das taças no lugar respondendo com um olhar feroz.

O dia segue e os dois amigos conversam até o sol não mais ser visível no horizonte, enquanto que os dois adolescentes pensavam em mil desculpas para se retirarem do recinto.

THREE

- Paulo e Akemi. Vocês dois passaram quase toda às vossas vidas a treinar e, sem opção, abdicaram de uma vida conforme os costumes da terra a qual pertencem. Agora esta fase termina e vocês poderão escolher se irão continuar ou se desistem para seguir seus desejos...

Aquele discurso vinha de Yamato. Os quatro haviam ido até um campo de futebol próximo a pensão. O mesmo, devido ao feriado de sexta-feira santa, estava deserto. O céu estava nublado e ventava um pouco.

Paulo e Akemi se olhavam, quase nem ligando para o que acontecia ao seu redor.

- ...Ao se enfrentarem, testarão tudo o que aprenderam com os vossos mestres. Lembrem-se de que a morte aqui é plausível e, caso ela ocorra, será como se nunca tivessem existido. Então... Comecem! – Termina Yamato.

Como um leão faminto indo em direção a sua presa, Paulo se lança para cima de Akemi tentado acertá-la com um soco. Ela simplesmente desvia. Ele tenta mais uma vez e, como na primeira tentativa, erra.

“Minha vez”, indaga Akemi. A adolescente mostra a palma de sua mão direita para seu adversário, que sente seu corpo paralisar. Ela então levanta e abaixa o braço rapidamente. Paulo é jogado para cima e retorna ao chão causando uma pequena onda de impacto.

Foram exatos dez segundos o tempo do adolescente se levantar e olhar firme para a adversária, que sentia que a vitória estava em suas mãos. “Não pense que me vencerá tão facilmente”. Imediatamente a ventania se intensifica, as nuvens começam se ajuntar e às mãos de Paulo começam a faiscar. “Agora verás quem eu realmente sou”. O rapaz repete o mesmo gesto de Akemi com sua mão direita, porém, ao invés de levantar o braço em seguida, um enorme dragão elétrico é lançado e vai de encontro à garota, que tenta evitá-lo com o vento. Quando a mesma percebe que aquilo era inútil, ela já sentia a eletricidade correndo por todas as células de seu corpo.

- Acho que venci! – Ironiza Paulo, vendo sua adversária caída ao chão.

Sem se dar conta, Akemi se levanta em um impulso e encara firmemente seu adversário. Do centro daquele olhar uma enorme fênix em chamas surge e vai de encontro a Paulo. Ao atingir seu alvo, a ave em chamas explode, levantando uma enorme labareda de fogo e fumaça, deixando o adolescente inconsciente e dando a vitória a garota.

Desculpa CG.... Desculpa mesmo!

eu não tive de muita cabeça para aqui vir ao topico ver as novidades...

(até que fizeste 3 post a mais...)

fenix... porrada poderes... a tipica linguagem do cara de tacho...

ha meu amigo... isto sim é leitura (para mim) farto-me de ver sempre o mesmo tipo de escrita... (curiosamente aki no forum nao há disso)

mas parabéns! há que continuar e soltar a furia do dragao da escrita xD

keep going e bom trabalho

ok ...

a serio ta bom, muito bom mesmo

a escrita n e muito promenorizada e isso faz com que a acçao flua mais naturalmente, fazendo com que o leitor na sinta o tedio natural de ler historias.

so uma coisinha, eu acrescentava mais alguma acçao a luta deles os dois.

continua assim

P.S. deste me inspiraçao para continuar a minha fanfic