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 Steampunk

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KamiSama

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Masculino Câncer Porco
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MensagemAssunto: Steampunk   Steampunk Icon_minitimeSáb Nov 19, 2011 7:06 am

O fumo cobria praticamente todo o distrito de Steamworks e grandes chaminés podiam ser vistas a trespassarem essa nuvem de fumo. A grande máquina industrial não parava de trabalhar, noite e dia e todas as mãos eram bem-vindas. Bem isto era o que se podia ver nos cartazes de propaganda colados por toda a cidade. Crianças de todas as idades das classes baixas e medias eram obrigadas a trabalhar nas grandes fabricas e minas de carvão que alimentavam as mesmas.
Bem esta é a minha historia, o meu nome é James e sou um dos muitos operários da fabrica God's will comandada pelo império e pelo misterioso KamiSama. Toda a minha família e muitas outras dedicam-se a este trabalho a que chamam de abençoado. Pfff...
Um som abafado fez-se ouvir pelas paredes da fabrica era a mudança do turno dos operários do dia pelos operários da noite.

-Ei James queres ir ate ao rio ver se encontramos algumas latas para venderemos ao Mr.Seamus?

-Nao sei se vai dar tenho de ir ajudar o meu pai.

Esta é a minha melhor amiga a Nicki e apenas outra operaria como eu excepto que é muito bonita embora tenha sempre o seu cabelo ruivo sujo com o pó da mina. E os seus enormes olhos azuis sempre brilhantes e cheios de alegria que contagiam qualquer um.

-Anda la da outra vez conseguimos 10 Nicles ja da para metade de um pão atrasado.

Não consegui recusar devido ao seu sorriso e aos seus olhos a que ninguém consegue dizer não.
O que parecia ser um inocente passeio ate ao rio acabou por se tornar no pior dia da minha vida.
Tínhamos acabado de chegar ao rio e a Nicki já tinha visto duas latas a boiar no rio.

-Ei James olha ali duas latas!

-Espera eu vou busca-las não quero que te molhes e fiques doente.

O rio não era o lugar mais agradável do mundo era sujo pois todos os resíduos das fabricas eram largados ali e tudo o que fosse feito de metal podia ser vendido ao Mr.Seamus.

-Já as tenho, estas a ver mais alguma?

-Mmm, estão ali mais duas mesmo na outra margem.

Desloquei-me ate a margem oposta para ir buscar as latas mas no exacto momento em que as apanhei um grito vindo do outro lado do rio deteve a minha atenção.

-NICKI!!!

Dois guardas estavam a tentar apanhar a Nicki. Apressei-me a chegar ao outro lado e corri em direcção a eles. Conseguindo derrubar um dos guardas com toda a força que tinha, o outro com um simples golpe na minha barriga pos-me K.O a gemer no chão.

-Operário inútil, tens sorte por não te matar já! Anda dai Mike não temos o dia todo vamos levar esta garota até as nossas barracas vai dar um grande divertimento a gente hoje a noite.

-Hehehehe.

Petrificado pela dor no chão não consegui fazer nada para os impedir de a levarem. Passados uns segundos acabei por desmaiar.
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MensagemAssunto: Capitulo 2: Chuva de dor    Steampunk Icon_minitimeSáb Nov 19, 2011 9:33 am

A chuva caia incessantemente sobre o distrito e eu ali deitado. Uma voz ecoou na minha cabeça.

-Rapaz, rapaz acorda. Acorda rapaz.

-Hun… Nicki!!!

-Quem é a Nicki?

Tinha acabado de acordar ainda meio zonzo da forte pancada que tinha sofrido apenas consegui ver um vulto sobre mim. Um homem de uma idade avançada com barba grisalha e roupas de uma cor acastanhada e desgastada.

-Estas bem rapaz? O que aconteceu?

-Dois guardas levaram-na e não pude fazer nada.

As lágrimas começaram a correr-me dos meus olhos negros como o carvão desgastados e baços. Já não sentia a dor da pancada mas sim a dor de a terem levado.

-É melhor ires para casa já esta quase na hora do recolher obrigatório. Disse o homem.

O recolher obrigatório uma medida tomada pelo governo com intenção de acabar com o contrabando e impedir que trabalhadores descontentes emigrassem pela calada da noite. Todos os portos eram vigiados pelos guardas militares equipados com steam rifles e com a ordem de disparar a matar.

Levantei-me e dirigi-me a casa coxeando ainda dorido da pancada e com a imagem horrível da Nicki a ser levada. A chuva ainda não tinha parado de cair e as ruas começavam a ficar cheias de lama os meus sapatos desgastados e remendados começavam a colar-se ao chão coberto de lama. Chegando a casa soou o som do recolher obrigatório.

-Mesmo a tempo James por onde andaste? Perguntou o meu pai com um tom agressivo. –Não era suposto ter vindo ajudar-me a descarregar os caixotes ao porto. Sabes muito bem que todas as oportunidades de ganhar dinheiro são importantes a vida não esta para brincadeiras.

-Fui ate ao rio com a Nicki apanhar latas para vendermos ao Mr.Seamus. Disse eu com uma voz tremida.

-Hmm ok, come um pouco de pão e vai para a tua cama.

A nossa casa não era nada de mais, era pequena apenas com duas divisões uma para a cozinha onde apenas tínhamos um pequeno fogão a lenha e uma mesa redonda com quatro cadeiras e a outra divisão era o quarto ocupado por apenas duas camas, uma para mim e outra para os meus pais. Embora vivêssemos em pleno século XXII muita gente era operaria e trabalhava em fabricas ou em minas, enquanto as classes mais ricas viviam com todos os luxos da nossa era.

Os primeiros raios de sol entravam pelo cortinado improvisado da janela.

-James é hora de acordar temos de ir para a fábrica.

-Sim pai. Respondi com um ar sonolento e cansado.

Durante todo o caminho para a fábrica mantive-me em silêncio a reviver na minha mente tudo o que se tinha passado no dia anterior. Chegado a fábrica um aglomerado de pessoas estava diante das grandes portas metálicas da fabrica, como o sinal de mudança de turno ainda não tinha soado eu e o meu pai aproximamo-nos do conjunto de pessoas para saberemos o que se passava. Foi então que percebi que estavam a falar do desaparecimento da Nicki. Entrei em choque e só desejava que o alarme soa-se para começaremos a trabalhar foi então que o meu pai apontou para mim e disse:

-James foste o ultimo a estar com ela ontem pelo menos foi o que me disseste ontem a noite.

Entrei em pânico e disse para mim mesmo.

-M**** porque é que disse que tinha estado com ela.

-Então rapaz estiveste ou não com ela! Insistiu o pai da Nicki, um homem forte que impunha respeito a qualquer um ou talvez fosse da grande barba que tinha. Então soou o alarme para a mudança de turno.

-Salvo pelo gongo. Disse para mim mesmo.

Um par de guardas precipitou-se para a multidão a porta da fábrica fazendo com que esta se precipita-se para dentro da mesma. Durante todo o dia só pensava numa forma de ir buscar a Nicki, foi então que me decidi e disse para mim mesmo.

-Estejas onde estiveres eu vou encontrar-te e trazer-te para junto dos teus pais e para junto de mim, é uma promessa!
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KamiSama

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MensagemAssunto: Capitulo 3-As engrenagens que me fazem mover    Steampunk Icon_minitimeSáb Nov 19, 2011 12:01 pm

Capitulo 3
As engrenagens que me fazem mover

O trabalho tinha começado eram seis da manhã e tinha pela frente mais 14 horas de trabalho apenas com uma pausa para almoço, pode-se dizer que tinha muito tempo para pensar num plano para ir buscar a minha amiga. Passaram muitas ideias pela minha cabeça mas já tinha um objectivo que era voltar ao local do acidente e falar com o mendigo que me acordou.
As horas pareciam não passar e com tantos pensamentos na minha cabeça não estava concentrado no trabalho. A fábrica onde trabalhávamos era do governo e montávamos armas para os guardas e militares da cidade mas quem tentasse roubar uma das armas era preso e sujeito a um castigo violento, a última pessoa que tentou roubar uma arma ficou sem mão e foi cortada a frente de todos os operários para que aprendessem uma lição. Lembro-me desse dia como se fosse ontem a Nicki ficou tão assustada que se agarrou com tanta força a mim que quase fiquei sem respirar.
Foi então que uma voz acabou com os meus pensamentos.

-Rapaz! Porque não estas a trabalhar? Queres levar um acoite? Era o responsável da fabrica o Mr.Bubbles. Um homem esquisito, gordo, possui o braço direito robótico e a perna esquerda como muitos homens das classes altas pois adoptaram a evolução steampunk, e também era com a mão direita que ele manuseava o seu chicote. Rumores dizem que ele já foi operário da fábrica mas caiu dentro de uma maquina e ficou incapacitado ficando a trabalhar atrás de uma secretaria e quando ganhou dinheiro suficiente comprou as próteses steampunk, como o governo não se podia dar ao luxo de ter um operário steamborg deram-lhe a promoção de responsável da fabrica.

-Não será necessário senhor vou continuar a trabalhar. Respondi eu.

-Acho bem rapaz!

As horas passaram-se e o sinal soou para a mudança de turno, mas agora enfrentava outro desafio o meu pai e o da Nicki iam esperar por mim á saída da fábrica tinha de passar despercebido então agarrei num casaco de capuz que estava abandonado no cabide comum e misturei-me na multidão e corri para o rio. Entretanto a chuva começou a cair mais uma vez transformando o solo numa piscina de lama.
Quando cheguei ao local onde tinham levado a Nicki tentei encontrar o velho mendigo que acabei por encontrar num beco dentro de uma caixa de cartão onde se escondia da chuva.

-Ei velho tenho umas perguntas para te fazer.

-Tu és aquele miúdo que estava deitado a chuva ontem, o que queres?

-Preciso saber se viste dois guardas com uma miúda ontem.

-Bem a minha memoria esta um bocado enferrujada mas talvez me consiga lembrar se tiver algum incentivo. Disse o velho apontando para o saco que trazia ao ombro e onde tinha guardado um pouco de pão e uma maçã que tinha sobrado do almoço da fabrica.

-Aqui tem um pouco de pão, então viu ou não viu os guardas?

-Bem estava escuro e a chover talvez devesses ir a taberna RedIron talvez lá encontres o que procuras. E obrigado pelo pão esta delicioso. Disse o velho com um tom de gozo.

-Maldito mendigo enganou-me.

Só me apetecia espancar o mendigo ali mesmo mas depois pensei racionalmente e disse para mim mesmo que cada um faz o que faz para sobreviver.
Então dirigi-me para a taberna, ao entrar na mesma todo o clima se alterou e toda a gente parou o que estava a fazer e olharam para mim por breves momentos. Pus o capuz do casaco e precipitei-me para o balcão onde estavam dois guardas a falar.

-Bem ontem a noite foi cá uma festa ainda bem que o general Roderick não sabe de nada senão estávamos em apuros.

-E verdade mas o Mike e o Thompson é que tiveram sorte encontraram aquela miúda e tiveram sempre a rir-se na sua tenda.

O primeiro guarda levando a sua caneca de cerveja a boca disse: -Mas o Mike tinha a perna aleijada disse que um miúdo qualquer o tinha derrubado e ele caiu mal.

-Bem feita para ele. Hahaha! Disse o segundo guarda.

Entrei em choque a minha amiga tratada como escrava pela mão de um bando de guardas bêbedos.

-Bem vamos mas é voltar para a prisão senão temos o Roderick a perna. Disse um dos guardas deixando um punhado de moedas no balcão.
Já sabia onde a Nicki estava mas a única maneira de entrar na prisão é ser preso, então tive a ideia mais parva de sempre. Peguei numa garrafa de cerveja vazia e quando o guardas se precipitavam para a saída corri para eles gritando.

-MORTE AO IMPERIO!!!

Atingindo um dos guardas na cabeça com a garrafa esta desfez-se em mil pedaços deixando uma mossa no capacete metálico e derrubando um dos guardas. Enquanto o segundo se dirigia para mim.

-Bem parece que temos aqui um rebelde.
__________________________________________________________________________________________________

É a primeira FanFic que faço por isso não sei se esta muito bem. E posso dizer que hoje estou inspirado.
Espero que estejam a gostar e gostava que deixa-sem as vossas opiniões.
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MensagemAssunto: Capitulo 4: Encarcerado   Steampunk Icon_minitimeSeg Nov 21, 2011 1:47 pm

Capitulo 4
Encarcerado
-Com que então um rebelde, bem deixaste ali o meu amigo com uma grande dor de cabeça mas isso não é nada comparado ao que te vai acontecer.

-Chiça amanhã vou acordar com uma grande dor de cabeça graças aí ao miúdo. Retorquiu o guarda que tinha levado com a garrafa na cabeça. Por incrível que pareça depois desta cena nenhum dos presentes no bar mexeu um dedo para ajudar, bem já esperava por esta reacção já que toda a gente tem medo do império.
-Vamos mas é levar este rapaz ate aos seus novos aposentos na prisão de Stone Block, já que tem energia para bater com garrafas na cabeça das pessoas deve ter força para partir rocha na mina da prisão.
O guarda que não tinha levado com a garrafa precipitou-se para mim e prendeu-me as mãos atrás das costas com umas grilhetas com um cadeado mecanizado.

-Bem vamos embora a prisão espera-te rebelde.

Na rua a chuva continuava a cair torrencialmente, eu não fazia a mínima ideia onde era a prisão pois nunca tinha saído do distrito de Steamworks nunca tinha ido a parte alta da cidade onde vive toda a gente rica ou pelo menos era o que se pensava. Depois de uma subida quase interminável os meus pés já estavam de rastos e as solas dos meus sapatos praticamente gastas a chuva tinha parado e nos também os guardas decidiram parar uns minutos para descansar. Do ponto onde estávamos era possível ver quase todo o distrito de Steamworks e conseguia distinguir todas as fabricas que compunham o distrito.

-Ei é melhor nos apressaremos senão o general Roderick ainda nos põe a fazer a ronda da noite outra vez.

-Tens razão. Anda dai rapazinho e se bem-vindo ao distrito médio da cidade apresento-te o distrito de Marketplace.

As coisas eram diferentes aqui em cima não havia fumo e conseguia ver todas a estrelas no céu parecia o paraíso. Já tinha passado da hora do recolher obrigatório e as pessoas continuavam na rua a conversar e montes de barracas com o mais variado tipo de alimentos. A minha boca começou logo a salivar. Depois de uma hora sempre a andar chegamos a um grande portão de ferro ferrugento que se abriram com um chiar arrepiante na entrada podiam-se ver uma data de tendas brancas com uma cruz negra bordada assim como nos uniformes dos militares que por ali circulavam. Foi nesta altura que cai em mim e pensei se esta decisão foi a mais acertada mas foi naquele instante que a vi acorrentada a mais outras duas raparigas carregavam ambas uma bandeja de latão e preparavam-se para entrar para uma tenda quando a Nicki focou o seu olhar no meu, uma questão de segundos que pareceu interminável.

-Bem rapaz chegamos a tua nova casa apresento-te a prisão de Stone Block.

-Mas onde estão as celas e os prisioneiros? Perguntei eu ao guarda.

-Estão dentro da mina a trabalhar assim como tu vais estar daqui a alguns minutos, vá chega de conversa vamos embora.

Foi então que nos dirigimos para uma construção feita de betão cru com umas janelas minúsculas e uma grande porta de aço, a porta abriu-se e mesmo a entrada conseguia-se ouvir o som abafado das picaretas a baterem na rocha.

-Vamos levar-te para o recenseamento.

Dentro da divisão estava uma pequena lareira com uma espécie de ferros nos chão, na parede esquerda estava uma secretaria cheia de papéis, cadernos e notas soltas assim como um homenzinho de estatura pequena. Virando-se para nos disse.

-Trazes aí mais um trabalhador?

-Este aqui? Quase que ia matando o meu colega com uma garrafa de cerveja.

-Mmmm, vejo que esse ai tem genica então, leva-o até a fogueira.

O homenzinho aproximou-se da fogueira e consegui ver claramente o seu rosto, usava uma espécie de óculos com varias lentes amovíveis, mas não eram lentes normais tinham uma grande graduação como se tratasse de uma lupa. Trazia com ele um caderno encarnado como o sangue. E pediu para eu arregaçar a manga esquerda.

-Deixa cá ver vamos-te inserir no projecto.

Da sua mão direita robótica saiu uma serie de números que mandou colocar no ferro que estava caído ao lado da fogueira. E do seu dedo indicador robótico saiu um lápis.

-Guarda podes por o ferro a aquecer na fogueira enquanto anoto os dados do nosso novo inquilino.

Naquele instante entrei em pânico será que me vão marcar com o ferro!

-Bem rapaz diz-me o teu nome.

-James Chesterfield.

-Muito bem, idade.

-16 anos.

-Eras operário certo?

-Sim.

-Ok por este instante serás marcado como recluso James Nº2122.

-Guarda podes marca-lo.

O guarda pegou no ferro em brasa que trazia na ponta o numero 2122 e que tocando na minha pele me fez gritar como nunca antes. Acabando por desmaiar com a dor e a agonia.

-Podes leva-lo para a cela 10 no bloco C13/5 onde estão colocados os outros do projecto.
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MensagemAssunto: Capitulo 5:Novas amizades antigas ambições   Steampunk Icon_minitimeSeg Dez 05, 2011 12:16 pm

Capitulo 5
Novas amizades antigas ambições
Acordei sobre uma cama irregular e desconfortável e com uma dor insuportável no braço esquerdo onde tinha sido marcado para toda a vida. Na cela existia apenas uma luz ténue que iluminava o corredor que atravessava a entrada da cela coberta por grandes barras de ferro maciço. Do lado de fora da cela existiam mais nove celas. Da cela em frente a minha surgiu uma voz:

-Novato, como te chamas?

-James, e tu?
Depois de uns segundos de silencio ouvi uns passos dentro da celas o meu novo companheiro dirigiu-se as grandes barras de ferro e colocou as suas mão de fora pelas estreitas falhas das barras, nas costas da sua mão direita podia-se ver um numero semelhante ao meu.

-Eu chamo-me Zef Nº de referência 2121, suponho que sejas o número 2122.

-Sim sou. Respondi eu.

O estranho aproximou-se das barras com a cabeça e consegui ver a sua aparência um pouco bizarra, o estranho rapaz usava um cabelo vermelho vivo com uma enorme franja que se destacava com a cor branca que lhe cobria o olho esquerdo, os seus olhos eram de um laranja intenso e pareciam ter vida como se de uma labareda se tratasse.

-Então porque estas aqui, James? Perguntou ele acentuando no meu nome.

-Tenho algo que fazer.

-Deixa-me rir, tens coisas s fazer na prisão mais segura da cidade, poupa-me as tuas histórias e diz-me a verdade.

-Ok, acho que te posso contar a verdade, estou aqui para resgatar uma amiga que foi raptada por um par de guardas que aqui estão.

-Bem já não se vêm muitos cavalheiros hoje em dia a fazer acções dessas por uma donzela, talvez nós os dois nos possamos ajudar mutuamente.

Do fundo do corredor ouviu-se um som metálico como se alguém tivesse batido com alguma coisa contra as grades.
-Sim 2120 não me esqueci de ti! Gritou Zef.

-Quem é o 2120? Perguntei eu.

-E outro prisioneiro como eu e tu e somos os únicos que sobrevivemos ao projecto. O 2120 não consegue falar quando o prenderam ele não parava de gritar então o Recenseador marcou-lhe a língua com o número dele.

-Mas como estava a dizer acho que nos podemos ajudar mutuamente tu tens o motivo e eu tenho o conhecimento.

No instante em que o Zef estava a falar uma porta abriu-se e ouviu-se uma voz.

-Horas de jantar!

E por a porta apareceram três garotas acorrentadas com pratos de latão nas suas mãos. Quando se aproximaram da minha cela apercebi-me que a garota do meio era a Nicki.

-Nicki!

Aproximei-me das barras de ferro para a ver melhor.

-James, afinal sempre eras tu na entrada, o que fazes aqui?

-Vim te buscar tu não mereces estar aqui.

Nesse instante momento um guarda entrou na sala. E a Nicki só teve tempo de me dizer.

-Cuidado este bloco está amaldiçoado, de 9 prisioneiros apenas 2 estão vivos.

-Já entregaram os jantares então esta na hora de ir embora! Gritou o guarda enquanto se aproximava da minha cela.

-Ora, ora quem temos aqui, é o miúdo intrometido que me deu cabo da perna, graças a ti estou aqui a tratar destas escravas invés de andar nas ruas. Rapaz tu estas marcado! Vamos embora o trabalho aqui esta feito.

Naquele breve instante em que falei com ela a chama da minha esperança acendeu-se de novo por saber que ela estava aqui.
-Zef! O que é o projecto?

-Bem e difícil dizer-te porque nunca sabes quando acontece so sabes que acordas com umas dores incríveis de manha e tens de ir trabalhar mas cedo vais descobrir esta noite é noite de projecto. Disse Zef mastigando.
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