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 *Artifact 13*

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AutorMensagem
Yumi tenshi

Yumi tenshi


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MensagemAssunto: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeQui Dez 10, 2009 1:15 pm

Ola a todos Razz Sim,nova historia escrita por mim e pelo Takumi,esperemos que gostem e que comentem muito.
*Artifact 13* 763621

ArtiFact 13


Personagens principais:

Kuroda Eiji
Spoiler:
Morita Sora
Spoiler:

e a historia começa....
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Takumi

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeQui Dez 10, 2009 1:17 pm

“1º Capitulo” (1/2)

Uma travagem mais forte do táxi acorda-me. Apesar da viagem desde o aeroporto até ao museu ser rápida, eu já não dormia há dois dias. Desde que tinha lido num jornal sobre a nova exposição do museu que estava com pressa para voltar para casa e principalmente reunir-me com o director do museu.
Ao entrar no museu dirijo-me directamente para a ala aonde está a nova exposição como se uma força invisível me empurra-se. Quando dou por mim estou já na área da nova exposição a olhar para uma foto dos arqueólogos envolvidos na descoberta e os meus olhos param sobre um homem já de idade que está mesmo no meio da foto. Na legenda podia ser ler o seu nome “Kuroda, Koji”.
Ao olhar para o centro da sala vejo o objecto que me tinha feito regressar mais cedo para casa, um dos artefactos mais preciosos da exposição. Era uma esfera de ametista com uma esmeralda.
- Sr. Kuroda. – Olho para a entrada da sala e lá está um homem velho que imediatamente abre um sorriso ao olhar para mim.
- Peço desculpa por ter demorado tanto tempo, como o posso ajudar?
- Para começar podias tratar-me por Eiji, nós já nos conhecemos à demasiado tempo para tu me tratares por Sr.. Depois podias entregar-me este artefacto, devido a um erro veio aqui parar com o resto das coisas que o meu pai deixou para o museu.
- Infelizmente não te posso ajudar. Não te posso entregar nada que o teu pai tenha doado para o museu, tenha sido por engano ou não. – E antes que consiga responder, acrescenta – E também não te posso vender, são peças de grande valor histórico e não estão à venda.
Zangado, avanço em direcção ao artefacto e quando o vou a agarrar o homem continua
- Eiji, se tentares levar o artefacto, não te irei impedir mas em pouco tempo serás apanhado e irás preso enquanto que eu no mínimo perco o meu emprego e ficamos os dois a perder. Eu sei que a morte do teu pai foi um acidente lamentável mas sejam qual forem os teus motivos, sei que ele não queria que o fizesses.
- Eu vou-me embora, mas não vou desistir.
Quando estou a sair do museu reparo que à entrada está grupo de jovens um pouco mais novos que eu com panfletos que o museu dava a visitas de estudo mas sem dando muita importância. Ao sair tiro umas moedas do bolso para ver se tinha dinheiro para um táxi e quando volta a colocá-las no bolso uma delas me cai e nesse momento uma rapariga de cabelos negros longos apanha-a e começa a olhar para mim.
Eu tiro os meus óculos de sol do meu casaco e depois de os colocar digo-lhe a sorrir levemente.
– Fica com ela! – Em seguida afasto me do museu enquanto planeio dentro da minha cabeça voltar mais tarde.

Kuroda Eiji
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Yumi tenshi

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeQui Dez 10, 2009 1:24 pm

1º Capitulo (2/2)

Foi um desperdício de tempo. Aquela visita de estudo só me fez perder o tempo mais precioso que tanto queria ter pois a minha vida não tem sido fácil.

Ao voltar para casa, no meio das ruas confusas e cheias de trânsito naquela hora, reparei numa velha que estava a pedir esmola e com o frio que estava lá fora, partia-me o coração só de a ver vestida de aquela maneira. Nunca consigo resistir a estas coisas, a vida é injusta pois enquanto uns tratam melhor os cães do que os seus próprios familiares.
Ajoelhei perante a velha e pensei para mim mesma:
“ – O que lhe aconteceu para chegar a este estado?”
E disse:
“ – Tome esta moeda,sei que não chega quase para nada…”
Naquele momento senti-me outra vez inútil,inútil de não ser capaz de ajudar alguém.
“ – Muito obrigada minha jovem” – disse a velha com um brilho no olhos agarrando a minha mão com as suas duas mãos frias.
Levantei-me e segui em frente.
“ – Hoje vou ter trabalho extra outra vez, estou a ver, se ninguém faz nada neste mundo para ser melhor então eu farei a minha própria justiça.” – pensei por mim mesma.
Ao chegar a um edifício velho, entro e fecho a porta que estava meio aberta como sempre,vou subir as escadas ate ao 3ºandar pois o elevador estava avariado como sempre.
Aluguei um apartamento com um quarto minúsculo enquanto que estudava na faculdade da cidade onde me encontrava, longe da minha família. Já não conseguia suporta-los mais, os gritos, todos os dias. Ao vir para cá tive que arranjar um part-time depois das aulas num café para conseguir me sustentar enquanto que os pais só me pagavam a faculdade.

Ao entrar para o quarto tudo encontrava-se espalhado como sempre, passado uns minutos ao chegar ate a janela grande abri as cortinas e uma vista da cidade confusa ficou aos meus pés.Fiquei a observar o por do sol em silencio.
“ – Esta na hora de eu ir” – pensei
Hoje tive folga no meu part-time, ao menos aproveito a ajudar os que mais precisam.
“Não me considero criminosa,pois esta é minha própria justiça.”
Vesti-me como de costume toda de preto, apanhei o meu cabelo liso e comprido num rabo de cavalo. Apenas levei uma mala preta a cintura e sai do edifício.
“ – Humm o que será que irei atacar hoje?” – pensei por mim própria enquanto que andava na rua já de noite.
Passado uns segundos lembrei-me:
“ – Talvez a visita de estudo que tive hoje não foi assim tão ma”...


Morita Sora
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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeQui Dez 10, 2009 1:38 pm

Espero que a história do Kuroda seja algo mais do que "vou-me vingar do meu pai trazendo de volta algo que lhe é muito precioso". Mas gostei das descrições e que o pequeno toque com a Morita acabe por ter um papel importante na vida do Kuroda.

Penso eu que ela acabará por encontrar algo de emocionante na sua vida algo aborrecida com o Kuroda, e que seja esse motivo pelo qual ela se emocionou. Mas sim, a descrição da vida da Morita, apesar de tocante e fofa, não é nada de muito original. Mas gostei desta frase “Não me considero criminosa, pois esta é minha própria justiça.”

Está nas vossas mãos criar algo original não só com o formato em que o estão a fazer, mas com a própria história em si. Afinal, a originalidade é algo que atrai muito as pessoas hoje em dia.

Um pouco confuso, mas afinal de contas é só o 1º capítulo. Que a história se desenvolva nos próximos!
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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeQui Dez 10, 2009 2:32 pm

Bastante interessante Very Happy

Ainda é cedo pra dar uma opinião sobre a historia,pois como está ainda tão no inicio,não dá para a avaliar bem ou pra saber bem o que se está a passar

Mas parece-me já ser bastante interessante,alem que a Sora parece-me ser uma "ladra",o que dá pra criar bastantes situações interessantes
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Takumi

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 6:21 am

2º Capitulo (1/2)

Giro a chave de ignição e impõe-se um silêncio total na noite. Desmonto, olhando nervosamente em redor, em busca de eventuais testemunhas da minha presença. O meu lado cauteloso leva-me a querer evitar toda e qualquer presença humana, esta noite. Aventuro-me pela rua escura e apertada, caminhando apressadamente. Paro durante uns segundos, percebendo, que estou verdadeiramente nervoso. Recupero o fôlego e contínuo a minha viagem, sem percalços, enquanto a cidade dorme.
O caminho não é muito longo e, antes que dê por isso, estou a avistar o museu. As ruelas escuras deram agora lugar a uma vasta praça muito bem iluminada.
Aproximo-me do museu e começo a dar a volta ao enorme edifício de pedra, em busca de pontos fracos na segurança. A porta da frente está fora de questão e não tenho equipamento para partir as janelas de forma silenciosa. “Entrar vai ser o mais difícil”. Mas, quando me aproximo da porta de serviço, reparo que um guarda estava na sua pausa para fumar. Escondo-me rapidamente num canto, evitando ser visto.
Retiro do meu saco uma corda e uma máscara de ski, “Estás a fazer isto por uma boa razão. Eles não te deram escolha”, penso algumas vezes tentando-me convencer a mim próprio.
Respiro fundo, olho em volta e carrego rapidamente sobre o guarda, apanhando-o desprevenido. Empurro-o violentamente contra a parede, ficando zonzo com a pancada, e aproveito para o imobilizar e amarra-lo com a corda. Com uma das suas meias amordaço-o. Desajeitado, mas é a minha primeira vez. “Espero que me possa desculpar”, rogo ao homem confuso, enquanto me aventuro no museu.
No interior, sou apoderado por uma sensação de confiança. Conheço o edifício como a palma da mão, tendo lá passado grande parte da minha infância, com o meu pai. O sistema de segurança, felizmente para mim, tem-se mantido igual ao longo dos últimos anos. Sob o olhar atento de um conjunto de máscaras funerárias, avanço lentamente, sempre com atenção às câmaras de segurança que conheço tão bem.
Quando me encontro apenas a dois corredores do meu objectivo, oiço passos, procurando um abrigo que, rapidamente percebo, não existe. Encosto-me ao canto mais próximo, percebendo que terei de incapacitar também esse guarda. Os passos aumentam em intensidade. Começo a suar e eventualmente o corredor atrás de mim é inundado pelo feixe de luz de uma lanterna. Os passos cada vez mais perto.
Quando estou prestes a lançar-me em mais um ataque, o guarda recebe uma chamada. Haviam dado pela falta da minha vítima. O guarda volta para trás. Suspiro de alívio mas sei que isto significa que vou ter de ser ainda mais rápido que o previsto.
Quando chego ao meu destino, uma sala dedicada a artefactos de pequena dimensão. O meu olhar varre a divisão, mas para num vulto negro perto do centro da exposição. Perto do artefacto que me tinha feito ter esta pequena aventura. Escondo-me atrás de um pilar e espero para ver o que o vulto, que parecia procurar algo num saco, iria fazer.
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Yumi tenshi

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 6:24 am

2º Capitulo (2/2)

“Mas qual deles será o mais caro?” – pensei por mim mesma enquanto que estava no centro da área principal da sala do museu.
Pego num objecto que parecia ser valioso que se encontrava numa coluna, e pego noutro de outra coluna,uma em cada mão,penso qual seria o mais valioso.
Quando de repente como uma sombra , aparece alguém por de trás de mim e agarra no meu pulso puxando-o para si mesmo. Tinha que pensar naquele momento rápido para fugir de ali.
“Guarda do museu não é, não tem vestuário apropriado,mais um ladrão?”
“ – Este objecto pertence-me” – tinha dito o desconhecido sempre a puxar para sim mesmo.
“ – Mesmo que sejas o director do museu não te irei dar isso” – disse eu.
“ – Não sou director do museu, da-me isso” – agarrou o objecto com as suas mãos, enquanto que tinha o objecto na minha mão também.
“ – Não!” – puxei.
Não conseguia vence-lo pois noutra mão tinha o outro objecto.A única solução que conseguia ver em fugir - era largar o objecto que ele queria.
Ao largar o objecto, o desconhecido com impulso cai ao chão deixando cair o objecto que desejava. Nesse preciso momento tinha-me virado para fugir mas deixo cair o artefacto que tinha noutra mão.
Ao cair no chão os dois artefactos partem-se...
Ao partirem-se uma onda gigante de vento transparente aumenta em forma circular com que faz disparar os alarmes todos do museu e deixando-me a mim e ao desconhecido sem forças no chão.
Passado uns segundos a policia chega,ao acordar o desconhecido já não estava la, acabei por fugir o mais rápido que consegui.
Tinha chegado a casa sem forças, foi a primeira vez que eu tinha falhado.

Continua...
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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 6:52 am

Hmm, ladrões. =P

Bem, de notar que, ao contrário do 1º capítulo, tiveram mais alguns erros de ortografia e pontuação ao que podiam ter mais cuidado, mas nada que afecte a história em particular.

No capítulo em si, gostei da permissa da invasão por parte dele, foi algo de novo e original e muito bem realizado, embora tenha ficado um pouco desapontado por saber que ela já lá estava. Era giro saber como ela tinha lá entrado. xD

Mas a interacção entre eles os 2 foi engraçada, e espero para ver qual o interesse dos artefactos que eles tanto querem!

Continuem! Very Happy
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Kamina
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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 3:03 pm

Gostei bastante mas uma parte faz-me um pouco de impressão:
Yumi tenshi escreveu:
Passado uns segundos a policia chega,ao acordar o desconhecido já não estava la, acabei por fugir o mais rápido que consegui.
Uns segundos não é demasiado rápido?Acho que seria mais credível uns minutos xD
Tirando isto,tou a gostar imenso da historia,que venha mais Very Happy
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Fred

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Dez 28, 2009 6:08 pm

(eu ja devia ter comentado isto)

enfim... Yumi e Takumi

está brutal, é original e tem um traço interessante de escrita!

espero k continue
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Takumi

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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSex Mar 05, 2010 3:04 pm

Cap 3 (1/2)

Os meus passos pesados ecoam pela escuridão do prédio, à medida que avanço lentamente até ao meu apartamento. A subida, parece agora levar uma eternidade. Alcanço o meu piso e, num esforço final, arrasto-me até à porta, derrotado e consumido pelo cansaço. Giro a chave na fechadura e a velha porta de madeira move-se com um rangido lamentoso.
Encerro a porta com o peso do meu próprio corpo e deslizo até ao chão, ficando sentado no soalho frio. Sinto a cabeça prestes a explodir. Uma dor lancinante começou quando os artefactos se partiram no museu. Pergunto-me se terá sido essa a causa.
Ainda ofegante, dirijo-me à sala, avançando pelo corredor coberto de artefactos e fotos de lugares distantes. Sento-me finalmente no sofá, a minha mente inundada por um turbilhão de pensamentos, tentando ainda processar os acontecimentos no museu.
Medito ainda sobre o último ano, sobre como tudo havia mudado, sobre os acontecimentos que me levaram onde estou hoje. Sobre os acontecimentos que me tornaram aquilo que sou hoje. Observo as paredes que me rodeiam, cobertas de recortes de jornais, notas, planos sobre a exposição, documentando a minha obsessão. “Tenho que as retirar quanto antes”, penso.
Em frente ao sofá encontra-se uma pequena mesa de madeira. Alcanço um pedaço de papel que lá se encontra; uma carta do meu pai. Ele havia pedido para ma entregarem após a sua morte, sendo que continha os seus últimos desejos. Leio por uma última vez o pedaço de papel, inundado de tristeza à medida que chego ao parágrafo final. Havia honrado cada uma das instruções. Mas esta noite falhei na última; o meu pai nunca será enterrado com o seu artefacto favorito, aquele ao qual havia dedicado o trabalho de uma vida.
Os eventos correm de novo pela minha mente, como uma tortura. Penso na intrusa que interrompeu a minha missão, no artefacto a estilhaçar-se em mil pedaços, arruinando num segundo todo o meu esforço, impedindo-me de honrar a sua vontade. Naquele momento, odeio aquela desconhecida como nunca odiei ninguém na vida.
Surpreso, apercebo-me de que estou a esmagar a carta na mão. Tento prontamente alisá-la, zangado comigo mesmo. Penso no que farei a seguir, enquanto me precipito de novo sobre a mesa, alcançando uma garrafa de água e um copo que havia deixado no dia anterior. Encho o copo até meio e bebo e em seguida despejo o resto da garrafa no copo. Levanto-me, dirigindo-me à varanda. Observo a noite, reconfortado por não ouvir sirenes. Reconfortado também porque a terrível dor de cabeça está a passar, mas o sono começa a invadir-me. Decido voltar para dentro.
Quando agarro no copo para beber, para minha surpresa encontro-o vazio. Tinha a certeza de o ter enchido, penso. Mas o sono vence a confusão e acabo por ir para o quarto, lançando-me sobre a cama.
Um raio de luz entra pela janela, fazendo-me despertar. “Dormi pouco”, pensei, olhando para o relógio. Tentando não pensar na noite anterior, decido ir para as aulas, ideia que me faz sorrir, sendo que já não aparecia há meses. Desde que arranjei aquele emprego como fotógrafo encarava as aulas como um hobby. Felizmente a comparência não é obrigatória desde que mostre resultados nos exames, coisa que arranjo sempre tempo para fazer.
Abro a janela para refrescar a sala e encaminho-me para a escola. Os cortinados esvoaçavam enquanto uma mosca entra dentro da sala e ao pousar dentro do copo começa a arder.
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Yumi tenshi

Yumi tenshi


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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSex Mar 05, 2010 3:08 pm

Cap 3 (2/2)
De manha ao acordar, tinha dado conta que tinha adormecido no sofá. Acordei cheia de dores e fui a cozinha beber um copo de leite com bolachas quando de repente olho para o relógio e vejo que estava atrasada para escola, comecei acelerar. Ao chegar a estação dos autocarros o autocarro tinha mesmo acabado de se ir embora.
“Esta a começar bem o dia de hoje” – tinha pensado eu.
Ao passar um carro com uma velocidade grande mesmo ao pé da estação, faz-me molhar toda devido a uma poça de água que estava perto.
“ – O que fiz de mal ao mundo?” – dei um grito, quando o resto das pessoas tinha olhado para mim sem dizer nada.
Passado uns minutos ao entrar atrasada para escola, nos corredores não estavam ninguém, toda molhada fui a casa de banho para me limpar. Tinha posto a minha escova para pentear o cabelo ao lado e tirei uns lenços de papel mas quando tinha-me virado para ir buscar a escova não estava no lugar. Comecei a procura-la pela casa de banho toda, quando volto a olha para dentro da minha mala ela estava lá.
“ – Que estranho, não me lembro de a ter posto na mala” – disse eu.
Quando tocou para saída, encontrei os meus colegas de turma.
“ – O que te aconteceu? Pareces uma galinha molhada, ahahah” – tinham-se rido de mim
Nunca era muito social com minha turma pois todos achavam que era fora do normal, e por vezes tinham medo de mim. Apenas tinha uma amiga que era de uma outra turma:
“ – Olá, o que te aconteceu?” – tinha dito ela.
“ – Hoje o dia não esta nada a correr bem”- tinha dito.
“ – Vais ficar constipada, anda tenho uma ideia”
Ao andar pelo corredor reparo que esta lá fora um rapaz, o mesmo rapaz que me tinha dado a moeda no dia de visita de estudo. Paro ao meio do corredor e digo para minha amiga:
“ – Aquele não tem valor de aquilo que tem” – com alguma raiva.
“- Estas a falar daquele rapaz?” – tinha apontado para o rapaz.
“- Sim, ele deve pensar que o mundo gira a volta dele, detesto pessoas assim”
“ – Ele é um aluno antigo mas costuma faltar muito as aulas, dizem que costuma viajar muito”
“ – Imagino, deve ser daqueles ricos que não precisam de fazer nada, Atchou!”
“ – Vês em que estado estas? Anda eu ajudo-te a secar esse cabelo”
Tempo depois, depois de ter acabado as aulas ao sair da sala de aula vou em direcção da biblioteca entregar uns livros da turma toda. Carregada de livros ao andar pelo corredor de repente penso:
“ – Hoje sou eu a entregar os livros a biblioteca pela turma toda, são tão pesados era bom que os livros já lá estivessem”
Nesse preciso momento os livros desaparecem da minha mão e eu caí por impulso para a frente. Poucas pessoas estavam no corredor e ninguém tinha reparado que antes estava com os livros nas mãos, apenas ao ver-me cair tinham-se começado a rir.
“ – Aii! Ahh os livros? Os meus livros? A professora vai-me matar” – tinha começado a procura dos livros pelo corredor todo.
Tinha ficado desesperada e decidi ir a biblioteca e contar tudo o que tinha acontecido, mas ao chegar vejo os meus livros no chão ao lado do mesmo rapaz que tinha-me dado moeda.
“ – Então foste tu que me tinhas roubado os livros”
Enquanto ele responde:
“ – Ahh? Eu estava aqui por entre as prateleiras à procura de um livro quando de repente caíram estes livros do tecto.”
“- Caíram de onde? Não sejas mentiroso, nem sabes que susto tinha apanhado quando perdi os livros no corredor”
“ – Quem é que pensas que és para me chamar mentiroso? Para mim até foste tu que me atiraste com os livros.”
“ – Foste tu que os tiraste das minhas mãos no corredor e trouxeste-os para cá”
“ – Com que intenção? Eu nem preciso destes livros do primeiro ano, já passei a essa cadeira”
“ – Então, se não foste tu, quem foi?”

Ao responder, ele vira-se para mim, revelando um pequeno golpe no seu rosto.

“- Talvez tenha sido a pessoa que os atirou contra mim e que me feriu "
Por mais que me custasse pedir desculpas a uma pessoa que não simpatizava muito, teve que de o fazer:
“ – Ok, desculpa”
Depois disso não disse mais nada, agarrei nos livros e entreguei os à bibliotecária .
“Isto foi muito estranho” – pensei por mim mesma.


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MensagemAssunto: Re: *Artifact 13*   *Artifact 13* Icon_minitimeSeg Mar 08, 2010 3:23 pm

Ok, um capítulo calmo, de transição, gostei de todas as descrições dele e de ver um pouco da vida social dela. Capítulos destes são sempre necessários para dar volume à história e estiverem bem com todo o mistério que criaram. Bem que gostava de saber que raio se está a passar.

E Takumi, uma crítica amiga. Separa os parágrafos conforme achares melhor. Quanto maior a quantidade de texto num só parágrafo e quanto menor o espaçamento entre eles, mais facilmente o leitor se aborrece ao ler. De resto a escrita está muito bem feita. : )
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