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 [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...

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Lili_Dono

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MensagemAssunto: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSex Mar 06, 2009 8:53 am

Comecei esta FIC à mais ou menos uma semana atrás, inspirada no manga "Cat Street" recordei-me das minhas próprias experiências, e voltou-me uma vontade de escrever como já não me dava à anos. [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 923320

Resolvi juntar experiências e sentimentos por mim já vividos, alguma imaginação e tudo aquilo que ando a estudar sobre o Japão, e escrever esta fic passada lá, usando locais reais e expressões japonesas...

É basicamente uma fic sobre sentimentos e experiências de vida bem reais, e a minha intenção seria mostrar que há certas situações por que passamos, e pensamentos que nos passam pela mente, que existe mais alguém que pensa ou já viveu o mesmo... Sentimentos antigos, e muitos outros que ainda perduram, e ando a ler mangas que me despertam esta vontade de expressar o que sinto, tudo que tenho cá dentro, e transformar em algo, que espero que dê apoio a quem precisa e que signifique algo para alguém... Tal como certas coisas que eu leio me despertam em mim, conto tentar fazer o mesmo com esta história...^^

NOTA: Utilizo imagens para as personagens, que eu simplesmente procura que contenham as características que eu procura, não são por serem de mangas animes ou o que sejam, simplesmente me importa o que me transmitem para o que eu procuro para as minhas personagens, por isso dou o credito delas aos seus criadores, óbvio.
[FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 699679

******

Personagem Principal

[FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Eyes-o10
Nome: Shimizu, Ran
Idade em que narra a história: 22
Mês de Nascimento: Março
Signo: Peixes / Dragão
Grupo sanguíneo: A
Hobbies: Ler (livros e manga), ver animes e escrever

***

Passa-se no Japão, pelas zonas de Kyoto, é suposto ser contada, num futuro que ainda não chegou, pela jovem japonesa, Ran Shimizu. ^^

***

Prologo

- "Porque é que tens... uns olhos tão tristes?"
Olhei para ele, ali sentado, surpreendida...
- "Quem és tu??"
-
Perguntei, olhando para aquele rapaz, que me transmitiu um sentimento
confuso, como se eu já o conhecesse, mas tivesse esquecido...
- "Eu sou aquele... Que quer saber o porquê dos teus olhos... serem de uma profunda tristeza..."
- "O que...."
-
Thump Thump ... Thump Thump - O meu coração batia, tão forte que quase me
sufocava, e eu hipnotizada por aquela voz profunda, cortante - "Quem..."
- "E eu sou aquele...." - Interrompeu-me ele, levantando-se e pondo-se à minha frente, olhando bem fundo nos meus olhos "aquele que os vai livrar dessa tristeza...."

---

Vocês já sentiram a solidão?...

Sentir... Que não existe um lugar... Onde pertencemos...
Sentir...
Que todo o mundo é diferente... Regido pelo mal... Más pessoas... Que somos... Ou bom demais... Ou parvos... Ou parvos por sermos bons demais...

Quando tudo o que as pessoas nos fazem, é nos usar, trair e deitar fora... Humilhar... Desiludir...
E no entanto, pensar: "Mas como?... Como as pessoas conseguem viver com elas mesmas? Não sentem remorsos? Como conseguem viver com as coisas que fazem?

Se eu fizesse algo assim... Sufocaria... Então... Porque sempre me fazem isso a mim?
Talvez seja... Por eu não conseguir fazer igual... Me torno uma vitima?..."

Eu não sei... Não sei quem sou nem o que quero ser, nem sei onde pertenço ou se tenho onde pertencer...
Completamente rodeada de pessoas... Sinto-me absolutamente sozinha, abandonada, insignificante... Na minha tristeza...

Vejo ao longe amigas a rirem-se ao saírem juntas... às compras, ao cinema....
Do outro lado... Casalinhos de namorados... de olhos ternos e corações quentes apaixonados, de mãos dadas e aos abraços e penso...
"Porque é que eu não posso ter algo assim? Porque é que só os outros tem direito de viver algo assim?..."


Esta é a história...
...Destes olhos tristes....
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Tsuki_chan

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSex Mar 06, 2009 10:41 am

parece fixe ate pq a introduçao despertame interesse continua onegai ^^
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Lili_Dono

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSex Mar 06, 2009 11:00 am

Tsuki_chan escreveu:
parece fixe ate pq a introduçao despertame interesse continua onegai ^^

Arigatou Tsuki_chan! [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 299489

Espero continuar a escrever de forma a manter um bom nível de interesse! [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 923320

********

O que me custa, é regredir à minha própria infância, aos meus próprios medos e dúvidas e principalmente aos pensamentos e ideias que temos em jovens, e escrever as falas e atitudes de maneira mais infantil possível, o que se revelou extremamente complicado, mas no final, acho que consegui algo. ^^


*****
Spoiler:


***


Capitulo I - Primeira Paixão - Primeiro Beijo (1a parte)

Se vocês olharem para trás no tempo, e pensarem na vossa infância, não parece longínqua e irreal?...
As coisas que ainda não sabíamos, mas que tínhamos a certeza de saber, a ingenuidade e a inocência...

Como se vivêssemos num mundo só nosso, um mundo de sonhos e fantasia... Onde a realidade era o que nós fazíamos dela, éramos nós que a criávamos e nela em que vivíamos...

Quando acreditávamos que tudo podia acontecer, bastava acreditar... As histórias de fantasia, criaturas irreais, tudo do imaginário, para nós, realmente existia, mesmo que não o víssemos, acreditávamos nisso com todas as nossas forças...

Era um mundo repleto de esperanças, sonhos e certezas....


- Yosh! - Disse eu, cerrando o punho com confiança junto ao peito, escondida atrás de uma árvore, no parque atrás da escola, vendo os jovens do ensino superior sentados na relva a apanhar sol, a conversar, outros a darem toques de bola, outros ouvindo musica e outros lendo manga.

O jovem em que eu estava com a minha atenção fixa, estava a desenhar, como sempre, personagens que ele tão bem criava para os seus Dojinshi.

- É hoje! - Repeti eu, desajeitando o meu uniforme castanho, composto por uma saia castanha, camisa branca e meias brancas até ao joelho, colete e gravata azul e sapatos castanhos - Maldito uniforme reles - Grunhi, abrindo a gravata e deixando-a toda torta - Yosh! É hoje! - Repeti mais uma vez - Hum... - Cruzei os braços e mordi o lábio inferior - Yoko, Tomoko! - Chamei pelas minhas duas melhores amigas de escola, que estavam sentadas junto à árvore atrás da qual eu me escondia, Yoko a ler um manga, e Tomoko como sempre, com um livro de exercícios, a estudar alguma matéria muito mais avançada do que aquela em que íamos, possivelmente uns bons anos mais... - É hoje, certo?! - Perguntei de novo, sentindo a coragem a desaparecer toda, e começando a tremer levemente.

- Ran... - Suspirou Yoko, não levantado os olhos do manga que estava a ler - Já passamos por isto mais de mil vezes! Tu nunca vais ter coragem para fazer isso! - Olhou para mim com óbvia falta de paciência para com as minhas incertezas.

- Tomoko - Voltei-me para ela, que estava a rabiscar o livro de exercícios - Tu confias em mim, né?

- Sabes bem que sim, Ran - Levantou os olhos do caderno e olhou para mim, sorrindo - Ganbatte!

- YOSH!!!! - Gritei, saltei por trás da árvore com as mãos nas ancas - EU SOU UMA BELA GUERREIRA, DO AMOR E DA JUSTIÇA, E EM NOME DA LUA .... Ouuccch!!!! - Cai no chão, com Akira e Tomoko por cima de mim, Yoko tapando-me a boca e Tomoko puxando-me de novo para trás da árvore.

- Estás maluca?! - Murmurou Yoko, ainda a tapar-me a boca - O que pensas que estás a fazer?! Pensas declarar-te ao Ryo Saito dessa maneira?!

Afastei a mão dela - Não me deixaste acabar! - Murmurei - Ia dizer, EM NOME DA LUA, VOU CONQUISTAR-TE! - Ficaram as duas boquiabertas a olhar para mim.

- Doshite? - Perguntou incrédula Tomoko.

- Sabes... Tens mesmo deixar que ver esse anime porque .... - Começou Yoko

- Tens razão!! - Cortei, levantando-me, desajeitando de novo o uniforme -Ficaria melhor: "Em nome da lua, vais" ...

- EM NOME DA LUA NADA!! - Gritou Yoko - Ran-chan - Pegou nos meus ombros, falando mais baixo - Se o Ryo...

- Se o Ryo o quê?! - Cortou uma voz masculina, por trás de mim, que fez as minhas pernas tremer com o arrepio que me correu a espinha - Ohayo, Bishoujou - Voltei-me para ele e vi-o a sorrir para mim, o que aumentou os meus tremores - Yoko-chan, Tomoko-chan Ohayo!

- Ohayo! - Exclamaram em uníssono

- Então Bishoujou, o que foi desta vez? Voltaste a meter-te em lutas com rapazes, e as tuas amigas tiveram que te ir segurar mais uma vez? - Perguntou rindo, pondo as suas mãos sobre os meus ombros.

- Iie, chigaimasu!!! - Empurrei-o, saindo debaixo dos ombros dele, e fiquei virada para ele de frente, com as mãos nas ancas, enchi as bochechas e fiz beicinho - Hoje estou numa missão mais importante!

- Que bom ver-te assim cheia de energia , HAHA - Riu-se, sentando-se junto à árvore onde estávamos - Conta lá então... A tua missão super importante... - Ficou a olhar fixamente para mim com aqueles olhos pretos rasgados e rosto bonito que me faziam tremer as pernas.

- Haaaaaamm... É que... Sabes... E depois... Hammm... A Yoko... - Apontei para onde ela deverias estar - Oréé?!! - Olhei à procura delas, mas já se estavam a afastar em direcção à escola. Yoko olhou para mim, fez adeus com as mãos e seguiu em frente. Tomoko sempre com os olhos nos livros - Minna!!!! - Chamei inutilmente.

****
No dia em que conheci Saito, Ryo

Estava um dia quente, eram as férias depois do final das aulas, e eu estava no meu quarto, a ler uma manga Shoujo deitada na cama, de barriga para baixo quando ouvi uma camioneta a parar lá fora. Primeiro nem liguei, e continuei concentrada na leitura, mas depois chegaram até mim, muitas vozes de homens a chamarem-se uns pelos outros e darem ordens e pareciam estar a carregar com coisas.

- O que se passará? - Levantei-me e fui até à janela, abri o cortinado e espreitei para fora...
Estacionado à porta da casa ao lado, estava uma carrinha de mudanças, e atrás um carro preto a estacionar.

- Oré, vamos ter vizinhos novos?! - Olhei mais um pouco aquela agitação, pouco depois perdendo o interesse, e estava a preparar-me para me voltar a deitar a ler o manga, quando algo me chamou a atenção.
Do carro preto, uma porta de trás do lado direito abriu-se, e segurando uma grande caixa de cartão, saiu um jovem alto de cabelo preto e rosto fino muito bonito... O meu coração começou a bater muito depressa, olhando para aquele jovem de ar sério, olhando curioso à sua volta.

Fiquei agarrada ao cortinado a olhar para ele, até que, como que sentindo a minha presença, olhou directo para a minha janela e logo para mim. Sem que tivesse sequer tempo para pensar, a minha reacção foi atirar-me para o chão, para longe da vista dele, completamente corada com a cara toda a arder.
Encostei-me a parede junto à janela, e pus a mão sobre o coração.

- Kirei!!! É quase igual aos rapazes dos meus mangas! Hiiiii!! - Apertei o manga que tinha na mão junto ao peito, excitadissima por um rapaz daqueles ir viver mesmo para o meu lado.

Passado um bocado, ganhei coragem e voltei a levantar-me, e muito sorrateiramente, desviei um pouco o cortinado e voltei a espreitar. O rapaz estava a ajudar 4 homens a descarregar as coisas da carrinha para dentro de casa.

E ali fiquei eu, o resto da tarde, observando-os, escondida atrás do cortinado...


(Continua 2a parte...)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSex Mar 06, 2009 5:28 pm

Lili_Dono escreveu:
a minha intenção seria mostrar que há certas situações por que passamos, e pensamentos que nos passam pela mente, que existe mais alguém que pensa ou já viveu o mesmo... Sentimentos antigos, e muitos outros que ainda perduram, e ando a ler mangas que me despertam esta vontade de expressar o que sinto, tudo que tenho cá dentro, e transformar em algo, que espero que dê apoio a quem precisa e que signifique algo para alguém

Eu também tenho muito isso. A vontade de partilhar as coisas que aprendo e que sinto com o mundo e tentar levar essas mesmas experiências aos outros de forma a que possam reflectir com elas ou talvez até mesmo empatizar ou aprender alguma coisa com elas, embora eu o faça mais através de poesia ou simplesmente de diálogo directo (é impressionante o quanto a nossa vida pode mudar com uma simples conversa). Já tentei escrever uma história também uma vez, mas infelizmente tive uma fase mais desagradável da minha vida pouco depois de começar a escrevê-la que me tirou a inspiração na altura, e nunca passei do 1º capítulo. Realmente o mais bonito no que aprendemos com aquilo que sentimos e com as nossas experiências não está em aprender para nós próprios mas sim em partilhar com outros que possam também compreender.
Acho uma excelente ideia que decidas partilhar isso através de uma forma de arte.
Sem dúvida que vou estar de olho no desenvolvimento da história.
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Tsuki_chan

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSáb Mar 07, 2009 3:14 am

Lifebringer escreveu:
Lili_Dono escreveu:
a minha intenção seria mostrar que há certas situações por que passamos, e pensamentos que nos passam pela mente, que existe mais alguém que pensa ou já viveu o mesmo... Sentimentos antigos, e muitos outros que ainda perduram, e ando a ler mangas que me despertam esta vontade de expressar o que sinto, tudo que tenho cá dentro, e transformar em algo, que espero que dê apoio a quem precisa e que signifique algo para alguém

Eu também tenho muito isso. A vontade de partilhar as coisas que aprendo e que sinto com o mundo e tentar levar essas mesmas experiências aos outros de forma a que possam reflectir com elas ou talvez até mesmo empatizar ou aprender alguma coisa com elas, embora eu o faça mais através de poesia ou simplesmente de diálogo directo (é impressionante o quanto a nossa vida pode mudar com uma simples conversa). Já tentei escrever uma história também uma vez, mas infelizmente tive uma fase mais desagradável da minha vida pouco depois de começar a escrevê-la que me tirou a inspiração na altura, e nunca passei do 1º capítulo. Realmente o mais bonito no que aprendemos com aquilo que sentimos e com as nossas experiências não está em aprender para nós próprios mas sim em partilhar com outros que possam também compreender.
Acho uma excelente ideia que decidas partilhar isso através de uma forma de arte.
Sem dúvida que vou estar de olho no desenvolvimento da história.

Tambem quero ver o desenvolvimento da historia ^^
So nao meto aqi as minhas pq sao muito diferentes das vossas e muitas sao so passagens de historias...^^

3ºcap....espero por ti [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 837811
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Lili_Dono

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSáb Mar 07, 2009 7:18 am

Lifebringer - Concordo com tudo o que disseste... Há certas coisas, e por vezes por mais pequenas ou insignificantes que pareçam aos olhos dos outros, para nós pode fazer toda a diferença e até mesmo, nos salvar de muitas maneiras...

E é isso que eu vou tentar transmitir nesta história que vai ser todas as fazes da vida de Ran, desde a sua infância até à actualidade, e tudo o que ela passou pelo meio, que tal como aconteceu com ela, pode ter acontecido ou estar a acontecer com muitas pessoas no mundo, afinal, não estamos sós na nossa dor e no nosso tormento...

Tsuki_chan - Muitíssimo obrigada por estares a acompanhar, espero manter cada vez mais um bom nível de interesse na história e fazer com que valha a pena lê-la!
Pelo menos para mim, está a ser gratificante escreve-la! [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 923320

Neste primeiro capitulo, tento expressar as emoções, reacções e pensamentos da infância... ^^

Todas as expressões e cultura japonesas que tento inserir na historia, são coisas que eu vou descobrindo com o pouco acesso que me encontro de momento disponível para pesquisar, tento fazer o melhor que posso, por isso todas as criticas e correcções são bem vindas!

[FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 699679

******

1ºCapitulo (Segunda parte)

No fim da tarde, tudo se acalmou, o barulho de homens a gritar e coisas a serem pousadas e arrastadas cessou. Vi a camioneta das mudanças a ir embora e todas as luzes da casa estavam acesas.

Deixei de me esconder de lado atrás do cortinado, e abri a janela. Sons abafados de móveis a serem arrastados e caixas a serem abertas de dentro da casa em frente chegavam até mim.

Pousei os cotovelos no parapeito da janela e fiquei a olhar para a casa, sentindo o ar quente do verão, e uma leve brisa fresca que fazia os meus cortinados abanarem levemente.

Tão concentrada estava nos meus pensamentos, que não ouvi a janela em frente à minha a abrir-se.
- Konnichiwa! - Exclamou uma voz masculina jovem.

- AAAAH! - Gritei assustada e quando olhei para onde vinha a voz e vi aquele rapaz bem à minha frente, sorrindo para mim, assustei-me ainda mais e atirei-me para o chão do meu quarto.

- Omae o! - Chamou ele - Já é a segunda vez que te escondes de mim. Sou assim tão assustador? - Perguntou, apoiando as mãos no parapeito e empoleirando-se na janela, pondo o tronco de fora, tentando ver-me.

- i..i... iie! - Balbuciei

- Éééé?! - Gritou - Disseste algo?

A tremer, pus-me lentamente de joelhos e espreitei pela janela, apenas até à altura dos meus olhos e repeti:
- Iie!!

- Porque tens medo de mim?! - Perguntou, apoiando os cotovelos no parapeito da janela e sorrindo para mim.

- Não tenho!! - Gritei, pondo-me totalmente de pé sem me aperceber - Eu sou a rapariga mais corajosa da minha escola! - Antes de tomar consciência do que tinha dito, já me tinha arrependido do que dissera.

- HAHAHAHAHAHAHAH - Riu-se ele - Sou Desu ka?! Então é para mim uma honra ser teu vizinho!

Paralisei com a vergonha. A coisa que eu mais detestava era que me vissem somente como uma criança, e me tratassem como tal. E por ele me estar a tratar como uma igual, estava a pôr-me confusa, o que me fazia aquilo que eu mais detestava, que era ter atitudes infantis. Cerrando os punhos com força e com a cara toda a arder, tremendo por todos os lados, controlei-me para não me voltar a esconder.

- Konnichiwa, watashi namae wa Saito Ryo desu. - Fez uma reverência - Hajimemashite douzo yoroshike.

- Ko… Konnichiwa… watashi namae wa Shimizu Ran desu –
Retribui a reverência - Hajimemashite douzo yoroshike.

- Que nome bonito! - Exclamou

- A... Arigatou! – Exclamei, olhando envergonhada para o chão.

- Hum... Os teus pais vem aqui nos conhecer? Creio que a minha Okaasan vai fazer um jantar delicioso para comemorar-mos a nossa chegada aqui e convidar os vizinhos e… - Tagarelou ele

- Eles não vão…- murmurei eu, ainda olhando para o chão.

- Não vão? - Perguntou ele com uma expressão preocupada.

- Eles estão a trabalhar - Respondi - Okaasan sai de manha cedo e volta só à noite, depois da hora de jantar, e Otoosan chega muito tarde, quando já estou a dormir. E eu quando vou para a escola, ele ou está a dormir ou já saiu, por isso eles quase nunca estão em casa.

Olhei para ele e surpreendi-me vendo-o espantado e triste a olhar para mim.

- E…. Não te sentes sozinha? -
Perguntou, notando-se na voz dele um tom triste.

- Às vezes... Sinto-me triste e sozinha... -
Disse, voltando a encostar-me no parapeito da janela e olhar para o chão da rua - Demo... - Olhei para ele e sorri - Tenho as minhas nakama, Yoko e Tomoko! Às vezes dormimos na casa umas das outras e é muito divertido! E quando eu estou sozinha em casa, tenho sempre mangas e animes para ver e os deveres da escola, também faço as limpezas e cozinho, e o tempo passa depressa... Quando dou por mim, já é hora de voltar para a escola, e eu fico muito feliz, por voltar a estar com minna-san!

Ele ficou a olhar para mim, muito sério, o que me começou a incomodar. Não queria que se preocupasse comigo ou me julgasse fraca.

- Hum... - Olhou para mim, e depois para as minhas mãos - Que manga é esse que não largas? - Perguntou, apontando.

- Ahh - Mais descontraída pela mudança de assunto, fiquei mais animada - Sailor moon!! - Exclamei, mostrando o manga.

- Gostas de Sailor Moon?!

- Muito! É o meu anime preferido! !! - Exclamei com entusiasmo, abraçando o manga - Eu amo o Seiya!! - Deixei escapar, com o entusiasmo. Ficando de seguida ainda mais envergonhada ainda do que já tinha estado até ao momento.

HAHAHAHAHA!! - Riu-se ele - Honto ni?! - Ele abriu a boca para dizer algo, quando de repente a sua expressão mudou, como que se tivesse recordado de algo - Oh! Chotto matte! - Disse, metendo-se para dentro do seu quarto e deixando-me a olhar para o sitio onde ele tinha estado.

- Aqui - Quando voltou pouco depois, trazia algo na mão - Apanha!! - Gritou, atirando-me com algo.

Por instinto, apanhei o que me havia mandado, deixando cair o manga no chão do meu quarto e apanhando o que me atirara com as duas mãos. Quando as abri e vi o que era, o meu coração pulou de alegria - Seiya!

Era um porta-chaves do Seiya em miniatura.

- Sabes, eu escrevo e desenho doujins, por isso tenho uma grande colecção de animes, mangas e muitas figuras... - Replicou, feliz com o meu entusiasmo - A minha Okaasan está sempre em casa, e eu também passo aqui muito tempo a desenhar – Olhou para a sua escrivaninha, que ainda estava por montar no chão, e depois olhou para mim, de novo – E a minha mãe, sempre desejou ter uma rapariga, a quem ensinar o que sabe por isso, sempre que nos quiseres fazer companhia, és bem-vinda! - Exclamou, abrindo os braços.

O meu coração começou a bater muito depressa, e um sentimento de algo grande a sair de dentro de mim, uma felicidade imensa espalhou-se pelo meu corpo. Pensar que agora ia ter companhia para as minhas horas de solidão, e por ele me tratar como uma igual, apesar de mais velho que eu, senti-me mais feliz naquele segundo, do que me lembrava alguma vez ter sentido até ai.

- ARIGATOU GOZAIMAZU!! - Gritei feliz!

(Continua 3a parte)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSáb Mar 07, 2009 7:49 am

Tens uma coisa que gosto muito na tua escrita. Estás constantemente a descrever o que passa na mente do personagem. Por acaso gosto muito quando fazem isso, foi uma das (muitas) coisas que adorei quando joguei FF VIII.

Ah, e escreves depressa. A minha preguiça não me permitiria escrever a um ritmo desses Razz .
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSáb Mar 07, 2009 9:36 am

Estou a gostar bastante ^^

nao e bem aqilo q estou habituada a ler mas tambem nao e uma escrita infantil que costumo encontrar em muitas historias ^^

Gambatte!!
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Lili_Dono

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 12:31 pm

Lifebringer - Muito obrigada pelo comentário! ^^ Eu escrevo tal e qual gosto de ler, e eu não gosto nada de ler coisas apressadas, gosto de saber como a personagem se sente e visualizar bem a situação! ^^ Espero continuar a conseguir transmitir isso!

Tsuki_chan - Muito obrigada por estares a acompanhar, espero poder vir a aumentar cada vez mais o nível de interesse nesta história!! ^^


*****

1ºCapitulo (Última parte)


Os meses que se seguiram, recordo-os como um dos mais felizes e inocentes da minha vida.
Todas as tardes, eu ficava no quarto de Ryo a ler, víamos animes juntos ou simplesmente olhando para ele a desenhar e a escrever. E apenas só por poder estar ao pé dele e olhar para ele, já me deixava tremendamente feliz.

E ele, sempre me tratando como uma igual, nunca me fez sentir como se eu não fosse nada mais do que apenas uma criança, pedia-me opiniões e contava-me as histórias que imaginava e escrevia, e eu sentia-me inchar por dentro de felicidade, por ele me dar tanta importância.

Quando ele saia para o curso depois das aulas, ou quando ia sair com os amigos, eu ficava com a mãe dele, Azumi-san, que me ensinava a fazer muitas coisas. A cozinhar, a costurar e outras tarefas que eu gostava muito de fazer e me divertia a aprender.

Azumi-san também me levava de compras ao centro, entrava-mos nas lojas e víamos as coisas à vontade e sem pressas. Azumi-san comprava sempre um bolo para eu comer, quando nos vínhamos embora, que eu comia, muito feliz.
Muitas vezes também me convidavam para jantar, hora essa em que o pai de Ryo, Saito-san chegava do trabalho, e comíamos todos juntos, como uma verdadeira família.
Saito-san era muito extrovertido, e fazia-me rir muito cantando canções sem sentido e pondo pauzinhos no nariz e fazendo muitas figuras só para me ouvir rir, e quando Ryo se lhe juntava, eu e Azumi-san chorávamos de tanto rir…

***

Ryo e eu íamos sempre os dois juntos para a escola. A minha escola ficava mesmo ao lado da dele, e havia um jardim por detrás das duas, onde todos se reuniam. Pelo caminho, íamos sempre na brincadeira, e a conversar.

Um dia, ao sair da escola caminhando para casa, passaram 4 raparigas por nós, todas produzidas com sapatos de grandes saltos rindo-se e conversando alto.

- Ryo? – Chamei.

-Hum?! – Indagou ele, distraído rabiscando um caderno de esboços enquanto andava.

- Eu nunca vou ser assim, né? – Perguntei, parando triste, ficando a olhar para elas.

Quando sentiu que eu não o acompanhava, parou e olhou para mim.
- Gomen Bishoujou, não ouvi o que disseste – Disse, guardando o caderno na mala.

Apontei para as 4 raparigas que se afastavam – Assim!
Ryo olhou para elas com uma expressão de confusão e perguntou:

- Assim como?

- Eu olho para elas, e vê-se que são crescidas… - Repliquei, numa voz triste – Tem um bom corpo, e nota-se pela cara a idade que tem, parecem mesmo ter uns 19 anos, e são femininas e alegres…

Ryo ficou totalmente surpreso e confuso a olhar para mim.

- Eu olho para mim, e sinto-me uma miúda... Sempre envergonhada e chorona e com cara de menininha – Continuei – Por mais que aqui dentro eu sinta que sou e quero ser “grande”, não consigo mostrar isso por fora, e não consigo acreditar que um dia possa ser como elas! – Cerrei os punhos com força e olhei para elas, que iam já muito longe, com raiva – Vou ter sempre cara e corpo de menina, vou ser sempre pequenina e insignificante! Eu sinto-me um verme quando elas passam assim por mim, e me ignoram ou quando me olham de lado, não ligam nem respeitam o que eu digo ou penso… - Comecei a andar lentamente arrastando os pés pesadamente – Sinto-me tão inferior ao pé delas, tão insignificante, sinto que nunca vou ser ninguém que alguém vá respeitar assim e dar-me valor, e isso põe-me faz-me sentir tão infeliz – Parei ao lado de Ryo e olhei para ele – Até o Ryo parece ter a idade que tem, com corpo que tem, não parece aqueles chibis macacos da minha sala que só sabem dizer “Songoku”! Demo… Watashi... - Olhei para o sitio onde elas já tinham saído de vista – Acho que nunca me vou sentir assim… Sentir-me igual ou superior a alguém… - Olhei para Ryo, que estava concentrado a olhar para mim – Entendes?

- Bem, Ran – Ele coçou a cabeça – Não estava nada, zen zen, a espera de que me dissesses algo tão profundo assim de repente – Olhou para mim e sorriu gentilmente – Para ti, o mundo adulto ainda é muito irreal, né? Como que, tu nem consegues imaginar que a tua mãe já foi pequena como tu, sentes que ela sempre foi assim, tal como é, né?

Vendo o meu olhar surpreso, ele riu-se. Fiquei muito surpreendida mas feliz, pela forma compreensiva que falou comigo e não me tratou como se eu tivera dito algo esquisito ou sem nexo.

- Hai! – Exclamei, afirmando com a cabeça – Mas… Mesmo que me digas isso, eu sinto que nunca vou ser uma mulher a sério! – Comecei a sentir o nariz a arder e os olhos a ficarem molhados. Ryo pôs o seu braço à volta dos meus ombros e encostou-me a ele e continua-mos a caminhar.

- Pois eu não sei se vais ficar igual a elas, ou se algumas vez vais deixar de te sentir assim – Disse, num tom sério - mas de uma coisa eu tenho a certeza – Olhou para mim, e eu para ele, afastando-me um pouco e dobrando o meu pescoço para trás para conseguir olhar para o seu rosto sorridente - Tu vais ser uma linda mulher, melhor que essas todas! – Afirmou com uma voz convicta e cheia de confiança .

Vendo-me a olhar para ele muito corada, mas com ar de dúvida para ele, perguntou simplesmente, pondo-se à minha frente agarrando-me pelos ombros:
- Confias em mim?

Apesar de continuar a sentir a dor e tristeza daquela incerteza, senti o coração inchar de alegria com o que ele me dissera, limpei as lágrimas e por esse dia me esqueci desse assunto que tanto me incomodava.

***

Várias vezes, Ryo tinha que me vir separar, quando eu me metia em lutas com os rapazes, que me tentavam roubar os mangas de Sailor Moon, e se punham a fazer as posses de Sailor Moon para gozar.
Ryo pegava em mim pelo tronco, e eu ficava a espernear na horizontal, enquanto ele mandava chutos ou carolos aos rapazes para se afastarem de mim.

Depois de os rapazes fugirem, pousava-me no chão e desatava-se a rir a olhar para mim, o que me deixava furiosa.
Numa dessas vezes, disse-me:

- Um dia, em vez de andares à tareia com os rapazes, vou ter que ser eu que vou ter que andar à tareia com eles, para os afastar de ti, para eles pararem de te pedir em namoro, não é? – Gargalhou ele.

- IIIIIIEEEEE!!! QUE NOJO! – Gitei - Não quero nada com aqueles macacos! – Repliquei fazendo uma careta de enjoada – Além disso, eu já sei com quem me vou casar! – Cantarolava, toda feliz.

- Com o Seiya, né? – Desatava-se ele a rir.

- Quem sabe, quem sabe… - Dizia eu, pondo um dedo em frente aos meus lábios e com um sorriso matreiro.


***

Um dia...


- Ran-chan? - Chamou Azumi-san, espreitando pela porta do quarto de Ryo, onde eu estava a ler um livro enquanto ele deitado no chão desenhava - Podes vir comigo um bocadinho?

- Hai, Azumi-san! - Exclamei feliz, levantei-me e segui-a para fora do quarto.

- Sabes que dia é amanhã, Ran-chan? - Perguntou-me, falando baixinho.

- Anooo... - Pensei - Dia 14 de Fevereiro?

- Ee, soo desu...- Murmurou - Sabias que é o dia dos namorados né, Ran-chan?

- Hai! Azumi-san - Comecei a ficar corada.

- Se quiseres – Olhou sorrateiramente para os lados, confirmando se não se encontrava ninguém a ouvir - Eu ensino-te a fazeres um bom chocolate para o Ryo! Gostarias de lhe oferecer um, amanhã?! - Perguntou-me, gentil como sempre, com um leve sorriso comprometedor.

Olhei para ela, muito corada e com os meus olhos a turvarem-se pelas lágrimas. A sensação que me invadiu, de alívio por Azumi-san ser tão boa para mim e saber que eu gostava muito do Ryo e apoiava esse sentimento, foi maravilhoso.

- Arigatou Azumi-san... Arigatou Gozaimasu! - Sussurrei feliz, dando-lhe um forte abraço.

Nessa tarde, divertimos-nos imenso as duas, fazendo um grande chocolate para Ryo.
Azumi-san tinha muitos ingredientes saborosos, e sabia muitos truques para usar e tinha uma grande forma em forma de coração, fazendo com que sai-se perfeito e saboroso. Essa foi uma tarde inesquecível, com Ryo tentando entrar na cozinha constantemente, curioso com o que estávamos a fazer, e eu e Azumi-san expulsávamos-o da cozinha, ignorando-o mesmo quando ele fingia que chorava e morria de fome atrás da porta da cozinha.

...


***

De regresso àquela árvore, no jardim por trás da escola…


- Então Bishoujou? – Meteu os braços em volta dos joelhos, olhando fixamente para mim – Que missão super secreta é essa em que te encontras?!

- Anoooo…. - Olhei para todos os lados, buscando uma boa desculpa, olhei para ele e apontei-lhe para a cara – Em nome da lua, não posso dizer-te! - Afirmei muito seria, afastando-me dele.

Oréé? - Junto à árvore em que antes estávamos as três, estava a minha mala tombada, meio aberta, com algo vermelho quase a sair dela. Ryo esticou a mão e apanhou o embrulho vermelho – Nani kore?!

- Nyyyaaaaaa!!! Nan demo arimasen!!- Corri para tirar-lhe o pacote das mãos. Ryo ao ver-me a correr na sua direcção levantou-se, e quando eu cheguei ao pé dele, ele usou o seu tamanho em relação ao meu como vantagem e com o braço esticado por cima da sua cabeça com o meu pacote, afastou-o do meu alcance.

- YAMATE! - Gritei - Dá-me, é meu! - Aos saltos tentava chegar até ao embrulho e ele afastava-se e ria.

- HAHAHAHA Ran-chan!! Quem é o sortudo que vai receber um chocolate teu?! - Correu para longe de mim, parou uns metros mais à frente e pôs-se à procura do nome para quem era destinado o embrulho.

Corri com todas as minhas forças e fui contra ele, atirando-o ao chão.
- NYYYAAAAAH!! Não vejas!! - Supliquei

Não me fazendo caso e a rir-se como um louco, ele deitado na relva e eu sentada por cima da suas ancas. Quando me dei conta disso, corei como acho que nunca tinha corado na vida, gritei e sai de cima dele, caindo para trás.

Estava toda a gente a olhar para nós, pelo barulho que fazíamos, Yoko e Tomoko rindo junto à entrada da nossa escola, e os amigos de Ryo uns abanando a cabeça reprovadoramente e outros a rirem a gargalhada.

- HAHAHAHA – Ryo ria-se perdidamente - És tão inocente Ran! - Olhou para a parte de trás do pacote, e viu o nome do destinatário - Ohhh... - – Abriu um grande sorriso- É para mim?! Ou para alguém com o mesmo nome que eu? - Riu-se à gargalhada.

Sentando-se abriu o pacote, e viu um grande chocolate em forma de coração, e escrito nele em letras grandes: “Daisuki”.

Fiquei a tremer de vergonha e sem saber o que fazer, vendo toda a gente a olhar para nós. Olhei para ele, ali sentado a olhar para o chocolate e depois olhou sério para mim.

- Arigatou… Ran – Exclamou, olhando para mim muito sério, como nunca antes o tinha visto.

Senti um estranho “back” horrível no coração, um pressentimento que algo não estava bem, e algo horrível ia acontecer…
Ele levantou-se, sacudiu-se, chegou-se junto a mim e abraçou-me, em frente de toda a gente.

Ouvindo expressões de supreza de algumas pessoas ao redor, senti que me ia derreter, de vergonha e de felicidade e durante uns segundos fiquei sem reacção. Depois retribui o abraço com muita força e comecei a chorar.

- Honto ni… Daisuki, Ryo-sempai!! – Exclamei numa voz abafada por estar com a cara no peito dele.

Ele afastou-me gentilmente pelos ombros, para me poder olhar para o rosto. Com os dedos limpou-me as lágrimas e sussurrou:
- Vem comigo Ran.

Fiquei confusa, sentia-me perdida, não sabia porque ele me estava a tratar assim à frente de toda a gente, sem se importar com nada nem ninguém. Eu sentia que isso era algo bom demais para estar a acontecer, mas também sabia que os amigos iriam gozar com ele, e ele podia meter-se em problemas… Apesar de eu detestar que me vissem somente como uma rapariguinha, sabia que a nossa diferença de idades era grande demais para ser aceite pelos outros.

Levou-me para a parte afastada de todos do jardim, sentou-se encostado ao tronco de uma cerejeira e sentou-me ao colo dele.
Sentia que a minha cara ia arder toda, de tão corada que estava.

- Ran… - Começou ele - Vou mudar-me para Tokyo para a Semana que vem - Disse de uma vez, olhando em frente.

Thump thump Thump thump Thump thump - O meu coração começou a acelerar, aquela sensação de que algo estava terrivelmente errado, uma sensação de enjoo e mal-estar – Nani?! – Perguntei, confusa, pois o que ele dissera, não fazia sentido nenhum para o momento.

Ele olhou para mim, com o rosto marcado de tristeza, e com um sorriso triste, disse:
- Consegui entrar para uma faculdade de arte. Vou especializar-me em desenho. Para os meus dojinshi… - Olhou para mim - Tu sabes que o meu sonho, é ser um profissional… Desenhar os melhores mangas históricos, quero realizar esse meu sonho Ran.

Como me soava estranho aquele seu tom sério. Não sabia se haveria de ficar triste ou feliz. Feliz por ele ter conseguido atingir o seu objectivo, triste por se ir embora. Dentro do meu peito um número sem fim de emoções contraditórias, dor e alegria, o meu coração bombeava tanto e tão depressa, que eu estava a começar a ficar tonta, enjoada.

- So... so... So desu ka? - Balbuciei - YOKATTA!! Eu sabia que ias conseguir! - Segurei-lhe as mãos - Estou muito feliz por ti, Ryo-sempai.

- Bishoujou... – Apertou-me junto a ele e sussurrou – Se eu pudesse, levava-te comigo, eu não te quero deixar aqui sozinha de novo e…

- Iee! – Afastei-o e olhei para ele, sem me dar conta de que tinha as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto – Daijoubu! Eu não sou uma criança, eu fico bem sozinha, sempre fiquei! Tu vais realizar o teu sonho! Eu quero… - O meu peito começou com convulsões involuntárias, e eu nem me dava conta do quanto eu estava a chorar, eu só queria mostrar-lhe a minha força – Eu quero muito ler os teus mangas, totemo, totemo, totemo! Tens que ser o melhor de todos! Eu quero! Eu fico bem sozinha, eu espero por ti! – Abracei-me a ele e chorei até não aguentar mais.

Ele retribui-me o abraço, e ali ficámos os dois, no que considerei ser o momento mais romântico e trágico da minha vida…

....
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 12:33 pm

....
***


A despedida…



Estava um dia bastante negro, apesar do calor e de abafado... Como se o tempo estivesse a sentir a minha tristeza…

Mais uma vez, assisti às mudanças da casa ao lado, mas desta vez não foi escondida atrás do cortinado no canto da janela, mas sim no meio dela.

Ajudei no que pude a empacotar as coisas, sentindo o coração como se estivesse a encolher e como que a murchar cada vez mais. Passava os dias com os olhos vermelhos e inchados, e já não me lembrava do que era sorrir.

Quando a última camioneta das mudanças partiu com as últimas coisas, olhei para aquela casa onde tinha sido tão feliz, sentindo-me tão vazia quando ela estava agora.
Em frente ao portão, o carro preto de Saito-san.

- Ran-chan – Azumi-san chegou-se junto a mim e com uma mão no meu ombro e outra tocando-me no rosto gentilmente disse – Alimenta-te bem, sim? Cuida de ti, toma cuidado… - Começou a chorar e abraçou-me – Tu és uma boa menina Ran, não te metas pelos maus caminhos, cuida de ti, e sempre que te sentires sozinha, lembra-te que gostamos mesmo muito de ti, e que queremos que nos venhas visitar - Abraçou-me com muita força, quase me magoando – Ganbatte! - Deu-me um beijo na face, e a chorar entrou no carro.

Eu não chorava mais, estava apática, vendo tudo a acontecer, como se apenas estivesse a assistir por fora, como se fosse outra pessoa apenas a assistir.

- Ran-chan! – Exclamou Saito-san pondo-se à minha frente – Vais estudar muito, para vires para Tokyo para ao pé de Ryo e de nós, né? – Despenteou-me o cabelo.

- Hai, Saito-san – Retorqui, com a voz rouca.

- Ganbatte! - Despenteou-me um pouco mais e foi para dentro do carro.

Ryo estava encostado ao portão, de braços cruzados olhando para mim. Olhei para ele e ele veio na minha direcção. Chegou junto a mim, pousou as suas mãos nos meus ombros e disse:

- Quem me dera que tivesses nascido uns anos mais cedo, Ran-chan - Murmurou, segurando-me pelo queixo. As minhas pernas tremiam e o meu coração batia freneticamente. Via tudo na minha cabeça acontecer, como se fosse irreal.

Lentamente, olhando-me nos olhos, ele baixou os seus lábios sobre os meus e pousou-os gentilmente, mantendo-os unidos por um tempo que me pareceu docemente infinito, mas ao mesmo tempo, terrivelmente curto.

- Sayonara... Ran-chan, minha Bishoujou… - Fez-me uma festa no cabelo - Nunca desistas de ser quem és, nem percas esse teu sorriso, nem esse brilho lindo dos teus olhos - Com as mãos nos meus ombros, apertou-os e disse: - Sê feliz, Ran. Não deixes ninguém te pisar e humilhar! Vais-te tornar, numa bela mulher, acredita!!

Com isto, virou as costas e caminhou para o carro, sem olhar para trás. Parecendo-me que estava parada no tempo, e que tudo acontecia em câmara lenta, vi aquele carro preto afastar-se cada vez mais.

Azumi-san dizendo adeus pondo a cabeça fora de janela olhando para mim, Saito-san apitando com a buzina do carro, e Ryo olhando através do vidro de trás, fazendo-me uma leve continência com dois dedos, até que o carro fez uma curva e eu o perdi de vista.

E assim se foram, deixando-me uma sensação de vazio, perda e desespero no peito. E ali eu fiquei, por quanto tempo não sei, até sair do meu estupor.

....






(Fim do primeiro capitulo, continua....)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 1:26 pm

T_T ta tao linda a historia ^^

ate me caiu uma lagrima XD nao tenho cura

^^ continua a historia lili ^^ tens muito geito
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 1:50 pm

Novamente tenho de dizer que gosto mesmo muito da maneira como descreves tudo o que vai dentro da personagem conforme as coisas acontecem. Isso mantém uma pessoa "absorvida na história" e a recebê-la de outra maneira. E tens jeito pra fazer isso, sem dúvida.

E já agora, quando falaste da parte de maus pressentimentos e sentir que se aproxima algo de mau, isso também foi baseado na tua experiência ou foi algo que fizeste mesmo para a história? Começaste mesmo a sentir esse tipo de coisas tão cedo? Pergunto isto porque eu também sou uma pessoa com experiências desse género, também me acontece isso muito, sentir aqueles momentos "pesados" antes de acontecerem, mas em mim isso só me aconteceu uns anos mais tarde (teria eu uns 15/16 penso eu).
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 2:15 pm

Lifebringer escreveu:
Novamente tenho de dizer que gosto mesmo muito da maneira como descreves tudo o que vai dentro da personagem conforme as coisas acontecem. Isso mantém uma pessoa "absorvida na história" e a recebê-la de outra maneira. E tens jeito pra fazer isso, sem dúvida.

E já agora, quando falaste da parte de maus pressentimentos e sentir que se aproxima algo de mau, isso também foi baseado na tua experiência ou foi algo que fizeste mesmo para a história? Começaste mesmo a sentir esse tipo de coisas tão cedo? Pergunto isto porque eu também sou uma pessoa com experiências desse género, também me acontece isso muito, sentir aqueles momentos "pesados" antes de acontecerem, mas em mim isso só me aconteceu uns anos mais tarde (teria eu uns 15/16 penso eu).

Cada um e como cada qual eu com 12 anos persenti que algo mal ia acontecer e do nada sentime extremamente mal e liguei ao meu primo e ele tinha tido um acidente mas tinha partido o braço....
mas cada vez q algo acontece eu costumo pressentir ^^

Ah e veerdade tambem tenho uma pergunta tendo em conta q isto sao tuas experiencias pergunto se conseguirias descrever e pormenorizar as cedas mais intensas...para dar de certo modo um sentido de realidade a historia isto se for isso que pertendes ^^
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeDom Mar 08, 2009 5:00 pm

Muito interessante o que contaste Tsuki. Por acaso comigo essas coisas só começaram a acontecer mais tarde. Mas talvez também porque até mais tarde nunca passei por nada de muito "pesado" também. A propósito, tu sabias ao certo que era com o teu primo que as coisas se estavam a passar, ou ligaste-lhe "por palpite"? Eu pessoalmente às vezes sei a quem é que as coisas estão a acontecer, mas outras vezes simplesmente tenho maus pressentimentos (sem saber ao certo a quem se referem).
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSeg Mar 09, 2009 8:24 am

Tsuki_chan - Muito obrigada por continuares a acompanhar!! ^^

Muito do que eu descrevo, são sentimentos bem vividos por mim, tanto eu ter passado pela situação, como imaginar que passava por ela consigo sentir bem cá dentro e ai descrever o que sinto. Porque apesar de tudo, esta é a história da Ran, não a minha, apesar de me inspirar em tudo aquilo que eu já vivi, seja comigo, com alguém próximo ou mesmo cenas que já li ou vi e mesmo assim me fizeram sentir as coisas bem vivamente e ai as descrevo!^^

Lifebringer -
Muito obrigada, fico mesmo muito feliz por conseguir escrever algo que "envolva" as pessoas, isso deixa-me mesmo muito feliz!
Quanto aos "pressentimentos" é algo extremamente presente na minha vida, e já me aconteceram certas situações (uma delas até conto descrever na historia mais para a frente) sobre sentir as coisas cá dentro, sem ninguém me contar ou mesmo estando absorta noutra coisa, e simplesmente "pressentir" algo. Pressentimento esse que conto vir a descrever o melhor que conseguir mais para a frente! ^^
Mas a única coisa em que eu tenho total confiança neste mundo, são mesmo os meus pressentimentos... Já vivi muito e evitei e descobri certas coisas apenas devido a eles...

Muito obrigada por estarem a acompanhar! [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... 716749

***




****
2ºcapitulo - Somos Inimigos!!

Nos dias que se passaram, todas as noites com a testa apoiada no vidro da minha janela, olhava em frente esperando ver sair de lá sorridente Ryo, convidando-me para ir para casa dele, mas isso nunca mais aconteceu....
E eu ficava ali horas de pensamentos perdidos, recordando dos momentos que passara com eles.

Voltei a fechar-me em casa sozinha a ler manga e ver animes, sem ânimo para nada...

***

Nos meses que se seguiram, tudo foi mudando gradualmente na minha vida, quase sem que eu me desse conta...
Em vez de andar à luta, comecei a sair com os rapazes, a arranjar-me e a divertir-me e a ser ainda mais extrovertida e também a ser mais rebelde.

Sentia-me frequentemente revoltada com tudo e todos e só me sentia bem a fazer tudo mal. Entrando em lutas com raparigas que olhavam demais para os meus namorados, que discordavam de mim e por outras coisas insignificantes. Eu era provocadora e irritadiça, e via tudo como uma ofensa pessoal…

Chegava muitas vezes tarde às aulas, ou fazia gazeta para ficar a ler mangas ou a namorar lá fora. Ficava quase todos os dias de castigo, levava com limpezas e trabalhos de casa extra, os quais eu nunca fazia, ou arranjava sempre um rapaz babado por mim para mos fazer.

E assim se passavam os meus dias….

***

- Um dia sem avisoooo!! Toda a minha vida mudooouuu!! – Cantava eu alto andando pelos corredores da escola, com Yoko e Tomoko escondendo a cara com as pastas – Encontrei-te junto a mim!!! E toda a minha vida mudoooou!!

- Ran-chan! - Exclamou Yoko puchando-me pela manga - Estão todos a olhar para ti!

Ignorei-a.

-É tãaao complicadoooo, viver asssiiimmm contigo ao meu ladooooo, e às vezes não sei, o que fazer, e eu para aqui, sempre a sofr…

TRÀÀÀÀZZZZ!!!

Espalhei-me ao comprido no chão no meio do corredor.

Ouvi rapazes a passarem por mim a rir à gargalhada, principalmente o mais alto deles todos, de cabelo negro.

-Ran!! – Tomoko e Yoko ajudaram-me a levantar – Daijoubu?

- Foi aquele grande macaco que me pregou uma rasteira!
– Gemi, levantando-me. Voltei-me para ele e gritei – OMAE O!!BAKEMONO! MACACO-MOON! VEM AQUI QUE EU JÁ te…

- Shhhhiiiiiiiuuuuuuuu!! – Yoko tapou-me a boca e Tomoko encostou-me à parede

- Onegai, Ran-chan! Onegai! Não te metas mais em lutas! Ainda és expulsa de uma vez! Andas a arriscar-te demais e tens tido sorte em te perdoarem, não estragues tudo! – Grunhiu Yoko –E já viste o tamanho dele? Dava-te uma sova que…

- NÃO QUERO SABER!!! – Gritei, empurrando-lhe as mãos que me tapavam a boca e afastei-me da parede – Quem é que aquele aho julga que é? - Desajeitei o uniforme como era meu vicio – Afinal quem é ele?! – Perguntei.

- Não sei – Respondeu Tomoko, olhando por onde os rapazes tinham passado – Mas estamos a ficar sem tempo para almoçar... Vamos! – Pegou-me na mão e encaminhou-nos para o refeitório.


***

Spoiler:



*****

Nas semanas que se seguiram, foi uma guerra.

Sem saber como ou porquê, sempre que eu e aquele rapaz alto de cabelo preto passávamos ao pé um do outro, ou pregávamos rasteiras, ou ele me pegava na cabeça e esfregava com os nós dos dedos ou eu lhe mandava chutos nas canelas, e em situações piores envolvíamos-nos em lutas mais sérias em que realmente nos magoávamos e que os nossos colegas tinham que nos separar, isto sem mesmo sabermos o nome um do outro.

Simplesmente olhar para a cara dele me dava raiva, e quando comecei a vê-lo todo convencido com aquele ar de superior a ser o centro das atenções das raparigas todas, enquanto ele jogava à bola no clube da escola, mais nojo e raiva me dava. Nutria por ele um profundo ódio e desprezo.

- Ele não passa de um Aho convencido – Disse para Yoko e Tomoko enquanto passávamos pelo campo da bola, vendo-o ao fundo nas bancadas rodeado de raparigas aos gritinhos à volta dele – Ele tem coragem de bater em mulheres, esse nojento e ainda o acham o máximo!

- Sinceramente Ran – Começou Yoko com ar serio – Não creio que ele te veja como uma mulher, pela maneira como te ataca…

- Isso ainda mais raiva me dá! –
Gritei, sentindo a raiva a borbulhar dentro de mim – Ele não é homem, não é nada!

- Ele mete-me um bocado de medo – Disse numa voz baixa Tomoko. Virei-me para ela surpreendida.

- Doshite? - Perguntei

- Aqueles olhos … Os olhos dele são cruéis! – Murmurou – Principalmente quando olha para ti, Ran! – Parou de andar e olhou para mim - Ran, eu tenho medo que um dia ele te magoe a serio!

Olhei para ela, piscando os olhos de confusão, e depois olhei para onde ele estava, lá ao fundo do outro lado do campo a tentar meter um colega no chão, na brincadeira.

- Incrível como eu odeio tanto um rapaz que apareceu do nada e nem sequer sei o nome… - Pensei em voz alta.

- Kou, Ryuu. Sala 6 – Replicou Tomoko.


Olhei para ela surpresa.

- Fui aos registos verificar –
Justificou, vendo o meu olhar de curiosidade.

Olhei mais uma vez para onde ele estava, em cima do colega que acabara por mandar ao chão e não deixava levantar, rindo os dois numa luta fingida.

- Então é esse o nome do meu inimigo… - Murmurei.
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSeg Mar 09, 2009 5:32 pm

Engraçado, uma coisa que tenho vindo a notar mais várias vezes. Eu, como sou uma pessoa relativamente ligada a astrologia, reparei que efectivamente é frequente os signos das personagens e as respectivas personalidades "baterem certo". Não sei se é de propósito ou simplesmente calhou assim, ou se terás baseado em pessoas que conheceste e teriam o mesmo signo, mas o que é certo é que certos comportamentos que vejo em certas personagens da história batem certo com o respectivo signo (europeu, porque do chinês admito não saber praticamente nada).

E já que estou "com a mão na massa" no que toca a astrologia, achei engraçado falares no facto de conseguires reproduzir bem um sentimento sem teres necessariamente de ter passado por ele. Isso por acaso é uma grande capacidade dos Peixes, que (obviamente, se tiverem uma base em que pegar claro) por vezes podem reproduzir uma situação ou um sentimento na mente (ou mais propriamente ambos) quase (e saliento quase visto que nunca é igual obviamente) como se o estivessem a viver. Provavelmente isto acontece acima de tudo por ser um signo muito relacionado com emoção e empatia, e também com uma imaginação muito forte (até demais se me perguntarem Rolling Eyes ).

Quanto a dizeres que aquilo em que mais confias são os teus pressentimentos, digo-te que essa é a melhor atitude que podes tomar sem dúvida. Às vezes pensamos muito (até demais), imaginamos muito (até demais), e os mais "virados para esses lados" até podem usar certas técnicas ou conhecimentos para tentar ter "um cheirinho" do futuro, mas acredita, nada é mais puro, directo e sincero do que os nossos pressentimentos. Se há "algo ca dentro" em que podemos confiar e que nos pode guiar são eles. Estou perfeitamente de acordo contigo quanto a isso.
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeQui Mar 19, 2009 2:03 pm

Nota: Para que percebam uma certa reacção na história, para quem não sabe "Basu"
é a pior ofensa que se pode dizer a uma mulher. Significa: "feia"
"horrorosa" é um insulto muito grave no Japão, e já deu para perceber,
não é um nome nada simpático! tongue tongue
e
- Buru hairu: esta expressão se usa quando as coisas não vão bem.


******

Capitulo 2b - Inimigos, sempre!

Por algum motivo, comecei a provoca-lo ainda mais depois de saber o seu nome.
Sempre que passava pelo campo e lá estava ele rodeado de raparigas histéricas, eu punha-me a fazer figuras a fingir que dava abraços no ar, sons de beijos e a gritar impropérios como: “Ryuu-Kun é tãããooo kawaiiiiiiiiii! HAAAAAAAAAAAA! KAWAAAAIIIIII”."És tão estupidamente BAKA que só BAKAS como tu poderiam achar que vales para alguma coisa!". E outras provocações mais a que me arriscava, levando olhares ameaçadores e reprovadores dos seus amigos e das raparigas que se encontravam com ele. Muitas vezes ele se picava com o que eu dizia, e vinha a correr atrás de mim e eu fugia o mais rápido que conseguia. Mas quase sempre me apanhava e fazia a coisa que eu mais detestava, esfregar-me o topo da cabeça com os nós dos dedos enquanto me chamava "chibi-chibi, chibi-chibi, chibi-chibi, chibi-chibi"!
Ate quando finalmente eu lhe conseguia mandar um pontapé nas canelas ou lhe acertas nos "blins!", ai ele me largava e eu fugia.


Também sempre que ele passava por mim e me via sentada atrás da escola a namorar, se punha a fazer sons obscenos e repulsivos.

- O que é que tu tens com aquele tipo? – Perguntou-me Yori-Kun, o rapaz com quem estava a sair.

- Nandemo nai yo!! –
Repliquei, e beijei-o para o distrair.

- Chibi-chibi, não é para ai que se cospe! –
Gritou-me ele a rir-se à gargalhada.

- Vai pastar caracóis Teme!! – Gritei em resposta.

- Queres que vá dar uma lição naquele tipo? – Perguntou Yori, levantando-se.

- Iieee Yori! – Empurrei-o para que se sentasse de novo, e sentei-me ao seu colo – Ele é só um macaco desprezível com falta de algo – Olhei para ele de lado cheia de raiva.

****


Um dia, as coisas correram terrivelmente mal.

Nesse dia, eu estava especialmente mal-humorada e aborrecida. Fui à biblioteca faltando a uma aula a ver se havia algo de novo para eu ler. Na saída, abri a porta e distraída com os meus pensamentos, nem olhei em frente e bati com toda a força contra alguém que ia a entrar, caindo para trás.

- ITTAAAAIII – Exclamei esfregando as nádegas - Gomen na …… - Ao me desculpar, olhei para a pessoa e quando vi quem era, até se me gelou o sangue.

- Só podias ser tu, cabeça de vento! Não vês para onde andas? –

Levantei-me num pulo.

- TEME!! És mesmo uma besta só por seres maior que eu julgas que…

- Damare!! Basu…



TÁÁÁÁZZZZZ


Antes que eu me apercebesse do que estava a fazer, tinha-lhe mandado um valente estalo, que me pôs a mão toda a arder e como que parado no tempo, parece que o som ecoou pelo corredor vazio e a biblioteca silenciosa.

Engoli em seco quando me apercebi do que fizera. Ele ficou de cara virada, com uma grande marca vermelha onde eu tinha acertado. Lentamente olhou para mim, e eu vi aqueles olhos esverdeados como que se estivessem a arder de raiva, e tal como Tomoko tinha dito, naquele momento sim, eu senti verdadeiramente medo como nunca tinha sentido de alguém.

- Maldita… - Rosnou, virou-se para mim e eu quando o vi e vir na minha direcção desatei a fugir pelo corredor fora, ele veio atrás de mim, e com aquelas pernas enormes em poucos segundos me apanhou pelo braço e torceu-mo atrás das costas, fazendo com que eu gritasse e me viessem lágrimas de dor aos olhos.

- IIITTTAAAAIIII!!! YAMERO!! Kisama!! – Gritei em plenos pulmões

Senti com grande alívio quando senti ele largar-me o braço, voltei-me rapidamente e o que vi gelou-me de terror.

Morita-sensei pegando Ryuu pelo pescoço com a dobra do seu braço e atirando-o ao chão.

Senti que ia morrer de aflição, que ia ser castigada, expulsa e uma rajada mais de pensamentos que me correram milhares em segundos pela cabeça, comecei a tremer, sentada no chão agarrando no meu braço dorido.

- EU – Travejou a voz do Sensei – Nem estou a acreditar nos meus olhos! - Olhava de mim para ele - Se eu não tivesse visto, não acreditava!!

Ao ouvir a sua voz tão chocada e zangada, comecei a tremer ainda mais e a sentir as lágrimas de medo começarem a correr.

- Ryuu!! – Apesar de o Sensei ser mais baixo que Ryuu, o Sensei pegou-lhe no colarinho e só com um braço pô-lo de pé – Vais-me explicar porquê estavas a agredir uma mulher!

- Ela não é uma mulher! –
Replicou ele com raiva sem pensar.

Sensei encostou-o contra a parede com toda a força e falou-lhe a escassos centímetros da sua cara – Estou a olhar para um rapaz que acabou de ficar sem a equipa de futebol!

Vi pela primeira vez os olhos raivosos de Ryuu esbugalhados de terror, e a sua voz de súplica em seguida foi tão grande, que me doeu o coração e apesar do ódio que nutria, senti verdadeiramente pena dele.

- Sensei Morita, onegai!– Ryuu pôs-se no chão e fez uma vénia de perdão – Gomenasai! Eu faço tudo para me desculpar, faço tudo por favor, não me tire o futebol!

Comecei a sentir-me verdadeiramente horrível e enjoada, com um grande sentimento de culpa… Ver aquele rapaz, tão altivo e orgulhoso rebaixado assim para que não lhe tirassem o que mais gostava, e ainda por cima por minha culpa, estava a dilacerava-me o coração.

Apesar de extremamente incomodada e renitente apesar de estar com pena dele, ofegante, acabei por dizer:

- Se… Sensei –
Falei baixo – Onegai, a culpa foi toda minha! Eu não vi por onde andava e….

- BASTA RAN! – Gritou-me o que me provocou um valente susto que até cai para trás – Eu vi tudo o que aconteceu desde que abriste a porta, e também ouvi tudo! E já estou farto de receber queixas de vocês os dois! E tu também Ran! Estás prestes a ser expulsa, e o Ryuu vai junto! – Disse, olhando de novo para ele.

Eu estava completamente de boca aberta, com o coração a bater que nem um louco e Ryuu continuava com a testa pousada no chão, visivelmente sem reacção.

Eu nem queria acreditar que Morita Sensei, o mais adorado e simpático Sensei de toda a escola, sempre me defendendo e desculpando as minhas atitudes, estava assim tão furioso ao ponto de nos ir expulsar aos dois.

- HAHAHAHAHAHAHA – O Sensei desatou-se a rir, agarrado à barriga indo contra as paredes de tanto rir.

Eu fiquei verdadeiramente chocada de olhos esbugalhados e boca aberta, não acreditando no que estava a ver. Ryuu levantou a cabeça e olhou também, com um ar menos chocado que o meu, mas mesmo assim mostrando muita confusão no rosto.

O riso de sensei ecoava pelos corredores silenciosos...

Quando Sensei se acalmou, limpando as lágrimas de tanto rir, disse:

- Vocês deviam de ter visto as vossas caras e as figuras que fizeram! – Gargalhou, apontando para nós.

Eu e Ryuu continuamos a olhar perplexos para ele. Sensei começou a olhar pelas portas em redor, e quando achou uma sala vazia, chamou:

- Venham cá os dois!

Ryuu levantou-se logo, mas eu continuava sentada sem reacção, segurando no meu ombro ferido. Ryuu esticou-me a mão para me ajudar a levantar, mas eu afastei-a com uma cacetada e levantei-me sozinha.

Segui-os para dentro da sala vazia. Sensei estava encostado a uma mesa, e Ryuu de pé, encostado a um cacifo de braços cruzados. Entrei na sala, fechei a porta e fiquei ali em pé.

- Yare yare - Começou Morita sensei – Já vi que temos aqui um problema de comunicação entre vocês os dois, né? – Olhou de mim para ele – Já toda a gente tem medo de ficar onde vocês dois se encontram, e as queixas são mais que muitas. Eu tenho ignorado, esperando que fosse só uma fase e vocês se cansassem, mas já vi que não. – Coçou o queixo, continuando a olhar de mim para ele – Portanto, eu não posso ficar mais à espera que isto se resolva por si só e pelo que eu vi só tem vindo a piorar e pode acabar por se tornar mais grave que um simples desentendimento, como o que se passou ainda à pouco, né?

Tanto Ryuu como eu nos limitamos a ouvir, calados e sem olhar um para o outro.
- Buru hairu - Retorquiu Sensei, pondo-se um pouco mais sério – Alguma coisa vamos ter que fazer em relação a isto – Voltou a coçar o queixo, com o olhar perdido em pensamentos em direcção à janela, onde se via um céu de nuvens negras e as árvores com as folhas a abanar ao vento – Yosh!! – Olhou de novo de mim para ele – HIIIIIIIIIIHIIIII – Fez um grande sorriso, mostrando os dentes todos, e eu senti um terrível "back" no coração, e senti que algo horrível lhe tinha passado pela cabeça.

O sensei era bem conhecido pelas ideias estranhas que tinha – Vocês - Levantando-se pôs-se em frente a Ryuu, pegou-lhe no ombro e caminharam até mim.

Sensei pôs a mão no meu ombro e segurou-nos lado a lado – Vão-se divertir imenso os dois, hehe – Eu já estava a começar a tremer outra vez com os nervos e Ryuu mostrava um ligeiro ar intrigado .

- O DIA DE TANABATTA ESTÁ A CHEGAR!!! – Gritou o sensei de repente esfregando as mãos, pregando-nos um valente susto que tanto eu como Ryuu demos um salto – E com ele, vão chegar vocês dois mais um lindo, maravilhoso e encantador projecto que tu! – Apontou para Ryuu – E tu! – Apontou para mim - Vão apresentar em frente à escola toda, né? Hehehehe.

Eu fiquei de boca aberta, e até Ryuu sempre sério e insensível mostrou um certo espanto e contradição.

- Sensei Morita… – Começou Ryuu

- Tens algo a dizer que te custe a saída do clube de futebol Kou-kun? – Cortou Sensei de um só fôlego com uma voz ameaçadora.

Senti Ryuu a contrair-se e calar-se a custo, visivelmente contrariado.
Eu estava sem reacção. Sabia que falar não me levava a nada, e só ia fazer com que o Sensei se enervasse e ainda pensasse em algo pior, mas estava a custar-me terrivelmente manter-me calada e pensando no que raio íamos nós fazer e como.

- Amanhã arranjo-vos uma sala vazia, onde vão poder ir todas as tardes da semana felizes e contentes das 18h as 19h, a essas horas já não há aulas nem actividades dos clubes escusam de tentar arranjar desculpas, e como os bons alunos exemplares que são – Deu-nos palmadinhas nas costas com mais força do que aquela que seria necessária – Não vão participar com as vossas salas nos projectos que cada uma está a realizar para o festival, mas vão sim ser um caso à parte e chamar bastante a atenção à escola toda com "ALGO" – Enfatizou bem o “algo” – Que será feito a "DOIS", e obviamente algo que terá que ser pensado somente por vocês, e basicamente se vocês tentarem fazer algo que não seja em conjunto, eu tenho a certeza que conseguirei um castigo bem mais interessante que envolve bem as palavras "não há mais futebol" e "expulsão" – Terminou, agarrando nas nossas caras e olhando-nos bem nos olhos com um ar furioso.

- Amanhã terei a sala disponível e mando-vos o recado, agora… - Pegou na orelha de Ryuu – Vais levar a Ran-chan à enfermaria bem direitinho, vais explicar à sensei o que lhe aconteceu com o braço, vais ouvir tudo o que a sensei te disser bem calado, e depois vais acompanhar a Ran-chan à sala e se...- Juntou-nos mais - Só por um acaso nesse percurso vocês se envolverem de novo – Segurou também na minha orelha e juntou-nos a cabeça com uma leve pancada – Não há choro ou reverencia que vos salve – Disse, soltando-nos - Podem ir!

Ryuu e eu arrastamos-nos cabisbaixos até à porta

- Ittekimasu – Dissemos os dois em uníssono, com uma voz arrastada.

- Itterashai – Replicou o sensei meio sarcástico com uma voz cantada.

Ouvindo os nossos passos arrastados afastarem-se, encostou-se à porta de braços cruzados e pensou: “Omoshiroi”.

(Continua....)
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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeQui Mar 19, 2009 4:35 pm

Mais uma vez, devo dizer que gosto muito da maneira como transmites as sensações que passam pela protagonista. Tens jeito pra isso, não me canso de repetir. Também gostei muito da personalidade do professor.
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Tsuki_chan

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MensagemAssunto: Re: [FIC] - Eyes of a Deep Sadness...   [FIC] - Eyes of a Deep Sadness... Icon_minitimeSex Mar 20, 2009 4:35 am

Adorei o sensei XD
E loooool para tudo....a ran mudou muito mesmo XD a peqenina ran a namorar......xD
Continua!

EDIT MOD: lili quero mais T_T
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