alquimista todometaleiro Alquimista
Aniversário : 31/01/1986 Idade : 38 Localização : Num mundo mágico onde toda a gente escreve sem erros ortográficos. Mensagens : 3384 Data de inscrição : 21/10/2008
| Assunto: Alimentem-me o ego. : P Qui Jan 28, 2010 3:25 pm | |
| Bem, aqui está um tópico com coisinhas minhas em geral. O jeito para a parte gráfica não é muito, mas é o que se arranja. Nota: nas imagens grandes, apenas coloco os links, para não tornar a página muito pesada. Enjoy. ^^ Análises de séries (publicadas originalmente no site www.tkn-e.com): Nerima Daikon Brothers- Spoiler:
Nerima Daikon Brothers é uma série de anime de 12 episódios baseada no manga homónimo e realizada por Watanabe Shinichi (Excel Saga). Foi produzida pelos Estúdios Hibari em 2006.
Nerima Daikon Brothers é uma comédia em formato de musical que conta a história de três personagens cujo sonho é construir um mega-palco na sua quinta e, como banda, poderem lá cantar sempre que quiserem. Em cada episódio, envolvem-se em variadíssimas aventuras cuja fórmula consiste em lutar contra vigaristas, playboys e afins e roubar-lhes o dinheiro, apenas para o ver desaparecer no momento a seguir.
Sendo do mesmo realizador de Excel Saga, esperava de Nerima Daikon Brothers algo similar, isto é, com um argumento pouco desenvolvido e sem qualquer rumo. Não que isso seja necessariamente mau. Excel Saga é para ser valorizado por outros motivos que não a história, seja a realização, as personagens ou a comédia. No entanto, Nerima Daikon Brothers surpreendeu-me. Apesar de os episódios seguirem de uma forma geral sempre a mesma fórmula, especialmente na primeira metade dos episódios, o argumento acaba por se desenvolver e a série ganha algum sentido e algum rumo. Bem pelo menos, aqueles que os apenas doze episódios da série permitem.
A animação, ainda que um pouco menos histérica que Excel Saga, mantém a sua energia e o seu ritmo alucinante, recheada de cenas sem sentido e com muitos movimentos desnecessários por parte das personagens.
E caso não tenham lido bem ou vos tenha passado despercebido, Nerima Daikon Brothers é um musical. Sim, um musical. Daqueles em que as personagens subitamente começam a cantar sobre a sua vida quotidiana enquanto os figurantes dançam tão bem espontaneamente coreografados por trás. Ainda que a série talvez peque por repetir as melodias de episódio para episódio, as letras são sempre diferentes, adaptadas a cada situação, atribuindo a cada episódio traços de originalidade e individualidade. E os seiyuus são perfeitos. Não só se safam muito bem a cantar, como parece que nasceram para interpretar estas personagens.
Aliás, estas estão bastante bem desenvolvidas ao longo da série. O estado normal de histeria do Hideki, o protagonista, contrasta perfeitamente com a passividade do seu irmão Ichiro, tornando essa relação bem divertida. O desejo da Mako, a prima, de se tornar rica e poder beber Dom Pérignon para sempre e as engenhocas da detective Yukika são igualmente fontes inesgotáveis de riso. E até o Nabeshin, tão acarinhado em Excel Saga, é uma presença regular. E claro, não podia faltar a mascote fofinha, o panda.
Em suma, Nerima Daikon Brothers é bastante aconselhável a quem gosta de animes de comédia. A história é muito simples mas engraçadíssima, as músicas são boas e a enorme quantidade de paródias e momentos patetas fazem desta série algo genial. Gintama- Spoiler:
Gintama é uma série de anime produzida pelos Estúdios Sunrise. Precedida de um OVA, exibido na Jump Festa em 2005, a série televisiva estreou na Primavera de 2006 e ainda se encontra em exibição. Conta já com um segundo OVA e terá uma adaptação cinematográfica em Abril de 2010.
A premissa da série é simples mas, sem dúvida, original. Imaginem que durante o período Edo, o tempo dos samurais, o Japão era invadido e conquistado por extraterrestres. Só isto. É tudo o que basta para o autor já poder ter uma fonte inesgotável de desculpas para poder escrever e incluir na história o que bem lhe der na gana. Uma miúda de 15 anos com uma força sobre-humana acompanhada por um cão gigante? Extraterrestre. Seres arroxeados? Extraterrestres. O protagonista a ler a Shounen Jump ou a andar de scooter? A tecnologia extraterrestre fez avançar o mundo em 200 anos, logo isso é absolutamente normal. Bazookas, explosões e um pinguim albino? Bem, acho que já estão a ver onde quero chegar.
Como podem imaginar, Gintama é uma série primariamente de comédia. Composta por episódios soltos ou pequenos arcs de três ou quatro episódios, Gintama gira à volta das aventuras da Yorozuya, um grupo que trabalha por conta própria a fazer tudo o que lhe seja pedido, desde encontrar animais de estimação perdidos, reparar telhados ou salvar a cidade de malfeitores. Inicialmente sozinho, a Sakata Gintoki, um ex-samurai pouco convencional, juntam-se Shimura Shinpachi, um samurai em treino, Kagura, a rapariga com uma força sobre-humana e um apetite incontrolável, e Sadaharu, um cãozinho adorável gigante que tem por norma trincar as cabeças das personagens.
O humor em Gintama faz-se de variadíssimas maneiras e feitios. Seja comédia de situação, comédia de personagem, simples paródias a outros animes ou à cultura japonesa em geral ou apenas pura aleatoriedade, o riso é garantido. E mesmo sendo algumas piadas perdidas por um olho ocidental, muitas outras são praticamente universais. Decerto os episódios que parodiam quase na sua totalidade as séries Dragon Ball, Naruto ou até mesmo o jogo Dragon Quest conquistarão o espectador.
Apesar de o material original (entenda-se o manga a partir do qual a série é baseada) ser bastante bom e ter piada já por si, o factor comédia ganha muito mais destaque no anime. Não só devido ao melhor timing, algo extremamente essencial em comédia, como à excelente banda sonora, que encaixa que nem uma luva, sendo muitos dos temas paródias a outros, como o excelente elenco de actores, dos quais se destaca Kugimiya Rie (Elric Alphonse, Fullmetal Alchemist; Aisaka Taiga, Toradora), Tachiki Fumihiko (Ikari Gendo, Neon Genesis Evangelion; Zaraki Kenpachi, Bleach), Nakai Kazuya (Mugen, Samurai Champloo; Zoro, One Piece) e claro, a magnífica voz do protagonista, Sugita Tomokazu (Kyon, The Melancholy of Haruhi Suzumiya; Hideki Motosuwa, Chobits).
Gintama transcende-se. Contrariamente a muitos outros animes de comédia que, ainda que hilariantes, não conseguem convencer em termos argumentativos, faltando-lhe alguma substância, Gintama consegue ultrapassar essa barreira e possuir uma história digna de qualquer outro anime shounen. Não esquecer que o manga homónimo é publicado na Shounen Jump, logo, não foge aos padrões por esta estipulados. Mesmo não tendo power-ups especiais ou training arcs, Gintama consegue não só ter momentos mais sérios extremamente bem escritos, mas também proporcionar excelentes momentos de acção e defender todos os valores comuns às histórias da Jump: a amizade, o esforço e a vitória. A diferença em Gintama é que no episódio a seguir a uma luta memorável, um discurso épico ou um momento mais emocional, pode aparecer o Will Smith a absorver o vírus da gripe, curando as constipações de toda a gente, incluindo a do tipo que está nu com um alho-francês enfiado num sítio onde o sol não brilha. Porque Gintama é mesmo assim. Summer Wars- Spoiler:
Summer Wars é uma longa-metragem de anime, realizada por Mamoru Hosoda (The Girl Who Leapt Through Time) em 2009. Foi produzido pelos Estúdios Madhouse.
Summer Wars conta-nos a história de Kenji, um rapaz tímido que um dia é “recrutado” por Natsuki, uma colega mais velha, para um trabalho de verão em casa da família dela. Mas ao chegar ao destino, Kenji descobre que o trabalho consiste em se fazer passar por noivo de Natsuki durante o aniversário da avó, diante de toda a família. É durante essa provação que Kenji recebe uma estranha mensagem no telemóvel, um código que este, sendo bom a Matemática, resolve rapidamente. Mal sabia ele que a solução causaria o caos no OZ, um mundo virtual a que todo o mundo tem acesso e do qual está extremamente dependente.
Começando pela animação, esta é bastante boa, digna de uma longa-metragem e não deixando desiludidos os fãs de The Girl Who Leapt Through Time. Apesar de o desenho das personagens ser um pouco plano, é essencialmente nos cenários e nas cenas que se desenrolam no mundo virtual que se nota o brilhantismo da arte e da animação. Pena que esse brilhantismo não seja transportado para o argumento e para a caracterização de personagens.
A grande falha do filme está em abrir portas e não as fechar. O filme introduz-nos excelentes premissas que acabam por nunca ser totalmente desenvolvidas. O mundo virtual apresentava um potencial gigante em termos argumentativos, servindo de analogia, mesmo que um pouco extrema, para o actual fenómeno das comunidades online e para a nossa actual e cada vez maior dependência tecnológica. Só o próprio nome dado ao universo, OZ, dava pano para mangas, no sentido de nos remeter para o mundo fantástico e irreal do Feiticeiro de Oz. E a própria existência daquele vilão poderia dar-nos uma perspectiva interessante sobre o desejo de aprendizagem e conhecimento, transformando algo tão valorizado pela nossa sociedade em algo que pode ter consequências negativas. Mas ao invés de desenvolver tudo isto, o realizador prefere dar mais ênfase ao ambiente mais rural e familiar que o clã de Natsuki providencia. Isto nota-se sobretudo na primeira meia-hora de filme: depois de uma explicação inicial dedicada ao mundo virtual, tão tecnologicamente evoluído, segue-se uma introdução exaustiva da família de Natsuki e do seu respectivo modo de vida, sem no entanto mostrar uma ligação entre eles e quase nos fazendo questionar qual a influência que um tem sobre o outro. Ainda que a intenção fosse de comparar e contrastar esses dois mundos, a distância entre eles é tão grande que essa ligação perde todo o significado. Também ao longo do filme se notam algumas tentativas de comparações, contrastes e paralelismos, mas quase sempre falhados. Os jogos de basebol que decorrem em paralelo na televisão, por exemplo, só por uma única vez são bem sucedidos em espelhar a acção principal.
Em termos de desenvolvimento de personagem, Summer Wars fica muito aquém do seu antecessor, The Girl Who Leapt Through Time. Enquanto que nesse há um grande ênfase na personagem principal e na sua evolução, em Summer Wars isso não acontece, havendo até alguma dificuldade por vezes em perceber de todo qual é a personagem principal. Tudo indica que será Kenji, sendo este primeiramente introduzido como uma figura fraca, tímida, com alguns problemas de socialização, mas com um claro potencial de evolução. No entanto, o passado da personagem, que é sempre tão necessário a fim de perceber as suas acções e reacções, é completamente descurado, sendo novamente subaproveitada a ideia do contraste: sendo a explicação do passado de Kenji resumido a duas linhas de diálogo, a intenção de contrastar a sua vida solitária com a alegria de ter uma família enorme acaba por não causar qualquer impacto no espectador. A própria evolução da personagem é demasiado inconsistente: quando Kenji parece finalmente ganhar alguma coragem e determinação, é apresentado no momento seguinte como o fraco e tímido rapaz que era ao início. O próprio clímax do filme, ou seja, a cena expoente máximo do argumento e da animação, e que devia pertencer a Kenji, mostrando como ele é capaz de estar à altura da situação, é-lhe injustamente roubado e ridiculamente atribuído a Natsuki, uma personagem completamente plana e cujo papel na história, especialmente na hora de filme anterior, tinha sido bastante passivo.
Ao nível secundário, a enorme quantidade de personagens não permite desenvolver o passado e até mesmo as personalidades das figuras mais relevantes. A avó, matriarca da família, parece ter uma grande influência sobre outras personagens, como nos é dado a entender através dos inúmeros telefonemas que ela faz aquando do momento de caos causado pela falha no OZ. Essa cena é aliás, das mais bem conseguidas no filme, mostrando que a líder da família que lutou em guerras passadas, está à altura do seu nome e do seu título e, como qualquer líder, é perfeitamente capaz de comandar e incentivar as suas “tropas”. No entanto, nunca se percebe exactamente o porquê dessa influência. O que fez ela, que tipo de vida levava, para conseguir que toda a gente à sua volta a respeitasse e ouvisse o que ela tinha para dizer? E quando ao Wabisuke… a personagem tinha algum potencial, mas no final de contas, foi pobremente desenvolvida, acabando até por se tornar incongruente. Qual o motivo das acções dele? Porque roubou ele o dinheiro, porque se ausentou durante dez anos, dedicando-se a desenvolver um projecto que, segundo ele, deixaria a avó orgulhosa dele? Ela aceitou-o de imediato e é dito directamente que tinha imenso orgulho que ele passasse a pertencer à sua família. Porque sentia ele então que lhe tinha de provar algo?
É portanto o conceito de família e que é importante protegermos a mesma a principal mensagem transmitida pelo filme. É uma mensagem interessante, sem dúvida. Mas o que é que isso tem a ver com o mundo virtual e tecnológico? Porquê alargar-se o universo da história à escala mundial? Pode-se tentar fazer uma ligação e concluir que a comunidade do OZ é um no fundo uma gigante família virtual, mas esse paralelismo, como tantos outros, nunca é totalmente desenvolvido no filme, tornando-se portanto um pouco forçado assumir isso. Sendo então uma mensagem que pode ser descoberta de tantas outras maneiras e até bem mais óbvias, acrescente-se, sente-se que todo o conceito da comunidade virtual estava lá por nada, não servindo qualquer propósito.
Apesar do conteúdo um pouco inconsistente, Summer Wars não deixa de ser agradável de se ver. A animação é bastante boa e dá para sorrirmos e para nos emocionarmos, deixando-nos com alguma satisfação no final. Simplesmente, nunca verdadeiramente sentimos grande empatia pelas personagens ou ficamos embrenhados no argumento. Tudo acaba por cair em seco, faltando-lhe a profundidade necessária para ser uma obra-prima. Kuroshitsuji- Spoiler:
Kuroshitsuji é uma série de anime de 24 episódios, produzida em 2008, pela A-1 Pictures Inc., e adaptada do manga homónimo, escrito por Toboso Yana.
Depois de ver inúmeras referências à série por toda a Internet, a primeira impressão com que fiquei era que o anime seria apenas mais uma série, talvez semelhante a Hayate no Gotoku, e que em tom de comédia, se focasse na luxuosa e requintada vida da personagem principal, não sendo nada mais que uma exibição de cenários, de roupa e de bishonens a serem, bem... bishonens. E Kuroshitsuji tem de facto esses elementos. Na sua generalidade, vemos o mordomo Sebastian a cozinhar, limpar a casa ou o jardim e a elegantemente servir o seu senhor, Ciel Phantomhive, um rapaz de doze anos, que após a morte dos pais, herdou a sua riqueza e património, vivendo portanto numa luxuosa mansão, com vários criados. E nota-se de imediato pela arte, tão 'bonita e elegante', o carácter bishonen, sendo este também visível nalgumas cenas, durante as quais a relação entre Sebastian e Ciel pode parecer por vezes... ahem... discutível.
Mas Kuroshitsuji cresce e transforma-se em mais do que isso. Sempre bem escrito, com excelentes diálogos e timings impecáveis, Kuroshitusji proporciona-nos momentos de mistério e suspense, dignos de qualquer romance de Sir Arthur Conan Doyle ou Agatha Christie. São aliás, feitas várias referências e muitos dos arcs são claramente baseados em obras desses autores. O excelente início da série, que inclusive, explora eximiamente o mito do Jack the Ripper é fantástico, constituindo esse definitivamente o melhor arc da série. No entanto, a partir daí, mesmo ainda seguindo, dentro do possível, a história do manga homónimo, Kuroshitsuji torna-se mais ‘leve’, perdendo o seu tom mais sério que serve de escape aos momentos (ainda que não exageradamente) recheados de innuendos e comédia. E é claro como a luz do dia que o final da série é improvisado pela A-1 Pictures. Não que seja mau ou incoerente, mas aquele vilão insípido e o levantamento de questões que nunca chegam muito bem a ser resolvidas, como por exemplo, as circunstâncias exactas em que os pais de Ciel morreram, mostram claramente que se esgotou o material original em que o estúdio se podia basear.
São as personagens quem nos permite ver a série até ao fim sem esta se tornar aborrecida ou desinteressante. Praticamente todas são bastante bem construídas, sendo possivelmente a única falha o facto de Ciel não ter a evolução e o desenvolvimento que a personagem merecia. Sebastian é o típico anti-herói, a típica personagem badass que não se esforça para o ser. Aliás, os mais atentos verão em Sebastian um Alucard (Hellsing), não só devido ao carácter omnipotente da personagem mas também devido ao forte sentido de lealdade perante um mestre.
Os fãs de mistérios e policiais vão deliciar-se com os primeiros episódios e com os arcs mais sérios mas Kuroshitsuji chega ao fim sem esse esplendor que o argumento inicialmente nos prometia. Mesmo assim, e muito devido às suas fantásticas personagens, Kuroshitsuji é uma excelente série, nunca chegando a ser aborrecida e proporcionando-nos bons momentos de comédia. Moyashimon- Spoiler:
Moyashimon é uma série de anime de 11 episódios, produzida pelos estúdios Shirogumi e Telecom Animation Film, e transmitida entre Outubro e Dezembro de 2007.
Sawaki Tadayasu consegue ver micróbios. É a partir daqui que Moyashimon parte e se desenvolve por onze episódios, sendo, no entanto e à primeira vista, este conceito o suficiente para alienar qualquer pessoa. “Como é que um anime sobre micróbios pode ser giro?”, pergunta o espectador. Mas é aqui que jaz a grande surpresa desta série: conseguir pegar numa premissa completamente absurda e transformá-la num argumento com pés e cabeça.
Obviamente que a história não é sobre um rapaz que, por ver micróbios, vai salvar o mundo. Ele não veste uma capa nem começa a limpar os azulejos da casa-de-banho com Cif, numa tentativa de eliminar os maléficos micróbios que existem no mundo. Até porque dá pena, visto que os pequenos bichinhos são a coisa mais fofinha e cutchi-cutchi à face da terra. Aliás, uma das mensagens da série é exactamente essa: que os micróbios não são necessariamente maus; não são aqueles monstros feios e nojentos que ninguém suporta. Há micróbios bons, que são necessários para o bom funcionamento da Natureza, ou, aos olhos de dois estudantes universitários, necesários para fazer sake e ganhar dinheiro com isso, ultrapassando a linha ténue da legalidade.
E é exactamente pelas personagens e pela caracterização do seu mundo que a série vence. Muitos verão no contexto universitário da série, o espelho do seu – e especialmente se frequentarem a Universidade de Coimbra, visto ser o seu edifício mais emblemático fonte de inspiração para a Universidade de Agricultura do universo de Moyashimon. O protagonista e o seu melhor amigo passam pela experiência por que todos passamos como caloiros, ou seja, pela sensação de ser atirado para uma selva sem dela nada conhecer, ficando completamente vulnerável às feras que lá habitam, entenda-se, veteranos. É um abrir de portas de um novo mundo, em que tudo é novo e no qual se pode experienciar de tudo um pouco, como uma das personagens chega a demonstrar tão claramente no final da série.
Em termos de arte e animação, Moyashimon não se destaca pela espectacularidade, ainda que bastante notável ao primeiro episódio. Mas à medida que a série avança torna-se visível algum desleixo, especialmente no que toca ao desenho de personagens. Destaque-se sim, a abertura e o encerramento, que em termos visuais são brilhantes, especialmente a abertura que enquadra na perfeição os pequenos micróbios em ambientes reais.
O único ponto verdadeiramente negativo que tenho a apontar é o facto de a série, ao longo dos episódios, ir perdendo o seu carácter mais inocente e didáctico para dar lugar ao fanservice. Não que seja completamente despropositado; acaba por estar enquadrado e justificado na história, mas um dos factores que dava mais graça à série era precisamente a simplicidade da história, em que o quotidiano dos jovens universitários e o poder de Tadayasu era suficiente para nos providenciar bons momentos de comédia.
Mesmo assim, Moyashimon é uma excelente surpresa e acima de tudo, uma série que pontua pela originalidade. Uma pequena lufada de ar fresco no panorama da animação japonesa nos últimos anos. Assinaturas MyAnimeList:Fullmetal Alchemist:- Spoiler:
Sayonara Zetsubou Sensei:- Spoiler:
Sayonara Zetsubou Sensei:- Spoiler:
Gintama (natalícia):- Spoiler:
Hellsing:- Spoiler:
Motivational Posters:Bleach:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/motivator5509415.jpg Bleach:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/motivator9755802.jpg Chäos;Head:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/motivator3148140.jpg Banners que entraram nos concursos aqui do fórum (nunca ganhei ): Janeiro 2009:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/banner7.png Fevereiro 2009:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/bannerfevereiro.png Abril 2009:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/bannerabril3.png Maio 2009:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/bannermaio.png Setembro 2009:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/bannerfopsetembro.png Janeiro 2010:https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/banner2010-01.png Wallpapers (todos com tamanho 1280x800):FMA (Edward):https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/wallpaper.jpg Moyashimon:Fundo azul: https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/wallpapermoyashimon3.jpg Fundo verde: https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/wallpapermoyashimon2.jpg Gintama (Gintoki):https://2img.net/h/i146.photobucket.com/albums/r275/odajoana/stuffs/wallpapergintoki.jpg | |
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